Auditoria do TCE aponta problemas estruturais em pontes e passarelas de Florianópolis

Auditoria do TCE aponta problemas estruturais em pontes e passarelas de Florianópolis

Auditoria do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) apontou que diversas pontes e passarelas de Florianópolis estão com problemas estruturais, como ferragens expostas e risco de queda. A vistoria foi feita em 37 locais, como mostrou o Jornal do Almoço desta sexta-feira (21).
Os governos municipal e estadual disseram à RBS TV que vão aguardar serem notificados pelo Tribunal para se manifestarem.

Auditoria

A auditoria, coordenada por engenheiros do TCE-SC, resultou em dois processos, que ao todo somam 200 páginas: um deles tem o resultado da análise em sete pontes e sete passarelas de responsabilidade da prefeitura. O outro, as avaliações de 15 pontes e oito passarelas que pertencem ao governo do estado.

“Diversas dessas unidades apresentam sérios problemas estruturais. Podem vir inclusive a provocar acidentes”, afirmou o diretor de controle de contratos e licitações do TCE, Rogério Loch.

Problemas nas estruturas

Na Avenida da Saudade, entre os elevados do Centro Integrado de Cultura (CIC) e do Itacorubi, as pontes estão em mau estado de conservação, segundo a auditoria. Por lá, passam milhares de carros todos os dias.

“Aquelas pontes estão no meio de uma área de mangue, que é um ambiente agressivo. E os pilares e as vigas estão com ferragens expostas, inclusive com comprometimento de cessão de peças, pondo realmente em risco as pessoas que utilizam aquelas pontes”, disse o diretor.

A poucos metros do elevado, há uma passarela para pedestres e ciclistas. Em 2013, a prefeitura contratou um serviço de manutenção para as passarelas do terminal rodoviário Rita Maria e da Avenida Beira-mar próxima à Avenida Madre Benvenuta. Quatro anos depois, os auditores encontraram vários problemas.

Nas obras do estado, também há irregularidades. As pontes da Barra da Lagoa e do Pântano do Sul são alguns dos exemplos. No canal da Barra, há armadura exposta, alto grau de corrosão e diversas infiltrações.

No Pântano, há mais oxidação e problemas na laje e nos pilares. O mato também está alto e atrapalha os pedestres.

Plano de manutenção

Prefeitura e Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) foram comunicados extraoficialmente pelo TCE sobre a auditoria.
Já é certo que o Tribunal vai exigir perícia e um plano de manutenção das 37 construções analisadas pelos engenheiros. “Nenhuma das duas unidades gestoras [municipal ou estadual] possui conhecimento da situação de patologia observada pelo Tribunal de Contas”, afirmou Rogério Loch.

“Isso é preocupante porque é preciso conhecer o estado de conservação para se fazer um plano de manutenção, que hoje é inexistente”, completou.

No que compete ao município, a situação parece ainda mais complicada, de acordo com ele. “Não existe um cadastro técnico das pontes existentes, ou seja, não se conhece quantas são exatamente as pontes que são de responsabilidade da prefeitura”, disse.

(G1, 21/0,/2017)

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