19 jul Pinguins recebem tratamento no Parque do Rio Vermelho
As baixas temperaturas chegaram e junto os pinguins também começaram a aparecer no litoral catarinense. Dezoito estão sendo reabilitados no Centro de Tratamento de Animais Silvestres (Cetas) no Parque Estadual do Rio Vermelho, em Florianópolis. O trabalho de reabilitação é feito pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma) em parceria com a ONG R3 Animal e Polícia Militar Ambiental.
Os pinguins-de-magalhães são originários da Argentina e pertencem a colônia Punta Tombo. As aves estão no parque há cerca de dois meses e vão permanecer no local por mais 15 dias, quando deve ser feita a soltura. “Por mais que sejam bonitinhos, as pessoas têm que ter consciência de que lugar de animal silvestre é na natureza”, explica o gerente das Unidades de Conservação da Fatma, Gilberto Morsch.
Com a chegada do inverno no Hemisfério Sul, os pinguins partem em busca de alimentos. Alguns se perdem dos bandos e adoecem. Já bem fracos e debilitados, chegam ao litoral catarinense. Para avaliar se os pinguins estão em condições de voltarem ao mar, os tratadores fazem hemograma e exames clínicos e parasitológicos. “As aves ficam em tratamento, em média, por 45 dias e são soltos, no mínimo, em grupo de dez aves”, afirma a médica veterinária da ONG R3 Animal, Samira Costa.
O que fazer ao encontrar um pinguim
Se você encontrar um pinguim que precise de reabilitação, a orientação é aquecê-lo e não colocá-lo em lugares frios. Ao chegar às praias catarinenses estão doentes, magros e sem a camada de gordura natural que os fazem suportar baixas temperaturas. Com auxílio de uma toalha, os animais devem ser colocados dentro de uma caixa de papelão e não devem ser alimentados, nem devolvidos ao mar. Em seguida, a Polícia Militar Ambiental deve ser acionada pelo (48) 3665-4487, para que os pinguins sejam encaminhados ao centro de tratamento. Se as aves estiverem nadando em grupo, não há necessidade de resgate.
Preservação e educação
O Centro de Triagem do Parque do Rio Vermelho recebe cerca de 2,5 mil animais silvestres por ano vítimas de tráfico ou maus-tratos. Além de abrigar e tratar os animais, o local disponibiliza uma trilha ecológica usada para educação ambiental. Como o objetivo do tratamento dos pinguins é devolvê-los à natureza, os animais não estão à disposição do público para visitação.
(Fatma, 18/07/2017)