09 mar Notícias sobre privatização da Casan surpreendem deputados
Reportagens publicadas nos jornais “O Estado de São Paulo” e “Diário Catarinense” informando que a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) integra a agenda de privatizações do governo Michel Temer surpreenderam os deputados. “O presidente Temer incluiu a Casan em seu pacote de privatização, pegou nós de surpresa, mas não é o governo federal que vai dizer o que temos de fazer”, disparou Cesar Valduga (PCdoB) na abertura da sessão ordinária desta quarta-feira (8).
João Amin (PP) avaliou que o momento é de questionamentos e disse que pedirá informações ao governador. “A privatização não está anunciada pelo governo estadual”, pontuou o representante de Florianópolis, que ironizou as notícias. “O governo federal pode ter confundido o estado com o Rio Grande do Sul ou com o Rio de Janeiro, pode ter sido um erro da equipe do ministro Moreira Franco.”
Manoel Mota (PMDB) também criticou o anúncio. “A Casan enfrentou muita turbulência, esteve na beira do abismo, diziam ‘vai quebrar’, teve uma época em que os municípios queriam virar Samae, mas agora a empresa tomou um outro caminho, começou a crescer, os municípios que saíram estão voltando”, argumentou Mota, que destacou investimentos de R$ 350 milhões para o saneamento na Capital.
Mota alertou que a privatização dificilmente será aprovada pelo Parlamento. “Tenho convicção de que nossa bancada será contra, Santa Catarina não precisa disso”, garantiu Mota, acrescentando, fiel ao seu estilo, “se eu estiver morto, ainda assim não votarei”. Valdir Cobalchini (PMDB) concordou com o colega. “É impossível, não podemos sequer imaginar que essa empresa seja privatizada”, garantiu o deputado.
Mário Marcondes (PSDB) observou que os investimentos programados pela empresa impressionam, mas cobrou obras em São José. “Eu quero saber da minha São José e do restante de Santa Catarina”, declarou o deputado, cobrando tratamento isonômico da Casan aos municípios.
(Agência ALESC , 08/03/2017)