07 fev Terreno da prefeitura de Florianópolis é invadido por dezenas de famílias
Um terreno da prefeitura de Florianópolis, onde seriam construídos condomínios populares, foi invadido por dezenas de famílias. O terreno fica na entrada da praia dos Ingleses, no Norte da Ilha, ao lado de uma estação de tratamento da Casan.
De acordo com moradores da região, os barracos começaram a ser construídos há duas semanas e agora cerca de 30 famílias já ocupam o local. A prefeitura foi surpreendida pela velocidade em que a invasão ocorreu.
Para impedir que a ocupação irregular aumente ainda mais e que inviabilize, inclusive, o projeto para a construção de condomínios populares naquele terreno, a prefeitura vai entrar ainda essa semana na Justiça com um pedido de reintegração de posse da área.
“Para que não haja nenhum problema jurídico para o município e para que as pessoas compreendam que aquela área tem um outro destino”, disse o secretário de Habitação, Luiz Américo Medeiros.
A equipe da RBS TV conversou com algumas pessoas que estão ocupando o terreno, mas elas não quiseram gravar entrevista. Elas contaram que quase todas as famílias que estão invadindo o local saíram da favela do Siri por causa da guerra entre traficantes rivais.
Ainda de acordo com as informações, as famílias sabem que o terreno pertence à prefeitura e que seria usado para a construção de condomínios populares justamente para retirar as ocupações irregulares na favela do Siri, mas essa invasão compromete o projeto.
“Se essa ocupação permanecer, o projeto está inviabilizado, o que a gente sonhava em resolver em parte da comunidade do Siri, já estaria perdido também”, disse o secretário.
Condomínios populares
Sobre o projeto para a construção dos condomínios populares neste terreno, o secretário disse que a prefeitura está começando tudo do zero porque a gestão passada perdeu prazos e a verba não foi liberada pela Caixa Econômica Federal.
“Existe um projeto, esse projeto a Caixa tinha aprovado, mas fez algumas exigências, para a prefeitura e essas exigências não foram cumpridas. Então, com isso, perdeu-se o prazo da execução do projeto. Nós estamos voltando à Caixa com o projeto reavaliado para que a mesma avalie e dê o parecer favorável”, concluiu.
(G1 Santa Catarina, 06/02/2017)