12 jan Esgoto continua sendo lançado de forma clandestina na praia do Campeche, no Sul da Ilha
O esgoto continua sendo despejado na praia do Campeche, em Florianópolis, pelos córregos e saídas da rede pluvial. Sem uma rede de esgoto em funcionamento, que está em fase de licitação, os donos de alguns imóveis realizam ligações clandestinas. O correto é a construção de fossa e sumidouro. Na quarta-feira (11), a autônoma Jéssica da Silva, 25, resolveu tomar um banho de mar, mas não contava com o mau cheiro da água suja que corre em direção à praia. Na terça-feira, uma força tarefa do Estado e prefeitura vistoriou o local.
Segundo o Censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Campeche tem mais de 15.436 moradores em uma área de 35 km². No verão, a população triplica com os turistas e o deslocamento para as casas de praia. “Em pleno século 21 ainda tem gente que não respeita o meio ambiente e não tem a mínima educação. Será que ninguém percebe que a casa ou o comércio serão desvalorizados com a praia poluída? Quem ganha com uma praia sem condição de banho”, questiona a autônoma.
Por conta própria, moradores do Campeche fecham saídas irregulares de esgoto
A poluição na praia do Campeche, que é uma das mais procuradas no Sul da Ilha, vem sendo denunciada desde a última temporada. A região do Riozinho do Campeche foi considerada própria segundo a última análise da Fatma, mas uma placa no local indica de que o local está impróprio. O relatório também destaca de que os outros dois pontos na praia também estão próprios, apesar do mau cheiro e da espuma branca.
Turista de Minas Gerais, a aposentada Carmem Rabelo, 58, não deixou de tomar um banho de mar com o neto, mas lamenta a falta de conscientização e de fiscalização. “Sempre tive vontade de conhecer as praias de Florianópolis, mas não sabia do esgoto. Sair de tão longe e encontrar um descaso desse tira o brilho da cidade”, lamenta.
Leia na íntegra em Notícias do Dia Florianópolis, 11/01/2017.