25 mar Boneco fardado toma conta de sede da Polícia Ambiental em Florianópolis
Local foi desocupado em 2006 por problemas estruturais
Abandonado aos olhos de um boneco fardado. Essa é a situação do que deveria ser a sede do comando da Polícia Ambiental, no Bairro Coqueiros, em Florianópolis. Após a inauguração, em agosto de 2005, o prédio precisou ser desocupado um ano depois por problemas estruturais. A guarita, que é a única estrutura sem problemas, abriga um boneco vestido com a antiga farda da Polícia Ambiental.
Na segunda-feira, a equipe de reportagem não teve dificuldade para entrar no terreno. Com a cerca derrubada e sem um portão protegendo a área, a equipe entrou na esperança de encontrar um policial. Com a porta e janelas abertas, a guarita parecia habitada e só após 15 minutos apareceu um funcionário da Ster Engenharia.
— Conversamos com o comando da Polícia e eles disseram que estavam sem efetivo e começamos a utilizar o espaço com o objetivo de vigiar o local — contou o auxiliar administrativo da Ster, Emerson de Campos.
O boneco foi montado utilizando uma cadeira, um cabo de vassoura, uma jaqueta da PM e o boné da corporação. As peças da farda são do modelo antigo, porque, desde janeiro de 2007, a Polícia Ambiental utiliza a farda camuflada. Além da farda, existem cinco reboques e cinco embarcações abandonadas em meio ao matagal.
Farda é retirada pelo comando
O comandante da Polícia Ambiental, tenente-coronel Rogério Rodrigues, disse que o policiamento da área é feito através de ronda do 9º Pelotão. Além disso, ele confirmou que a empresa está ocupando o local para manter mendigos e vândalos afastados.
— Os barcos e reboques são objetos de descarte e não têm mais utilidade para a Polícia Ambiental. Já sobre a farda abandonada, vou mandar alguém para verificar e apurar o caso — prometeu o comandante.
O chefe de comunicação social da Polícia Militar, coronel Adilson Alves, disse que a corporação entrou na Justiça contra a empresa responsável pela construção. De acordo com a perícia, a reforma do prédio vai custar R$ 709 mil.
(Michael Gonçalves, DC, 25/03/2009)