Boneco fardado toma conta de sede da Polícia Ambiental em Florianópolis

Boneco fardado toma conta de sede da Polícia Ambiental em Florianópolis

Local foi desocupado em 2006 por problemas estruturais

Abandonado aos olhos de um boneco fardado. Essa é a situação do que deveria ser a sede do comando da Polícia Ambiental, no Bairro Coqueiros, em Florianópolis. Após a inauguração, em agosto de 2005, o prédio precisou ser desocupado um ano depois por problemas estruturais. A guarita, que é a única estrutura sem problemas, abriga um boneco vestido com a antiga farda da Polícia Ambiental.

Na segunda-feira, a equipe de reportagem não teve dificuldade para entrar no terreno. Com a cerca derrubada e sem um portão protegendo a área, a equipe entrou na esperança de encontrar um policial. Com a porta e janelas abertas, a guarita parecia habitada e só após 15 minutos apareceu um funcionário da Ster Engenharia.

— Conversamos com o comando da Polícia e eles disseram que estavam sem efetivo e começamos a utilizar o espaço com o objetivo de vigiar o local — contou o auxiliar administrativo da Ster, Emerson de Campos.

O boneco foi montado utilizando uma cadeira, um cabo de vassoura, uma jaqueta da PM e o boné da corporação. As peças da farda são do modelo antigo, porque, desde janeiro de 2007, a Polícia Ambiental utiliza a farda camuflada. Além da farda, existem cinco reboques e cinco embarcações abandonadas em meio ao matagal.

Farda é retirada pelo comando

O comandante da Polícia Ambiental, tenente-coronel Rogério Rodrigues, disse que o policiamento da área é feito através de ronda do 9º Pelotão. Além disso, ele confirmou que a empresa está ocupando o local para manter mendigos e vândalos afastados.

— Os barcos e reboques são objetos de descarte e não têm mais utilidade para a Polícia Ambiental. Já sobre a farda abandonada, vou mandar alguém para verificar e apurar o caso — prometeu o comandante.

O chefe de comunicação social da Polícia Militar, coronel Adilson Alves, disse que a corporação entrou na Justiça contra a empresa responsável pela construção. De acordo com a perícia, a reforma do prédio vai custar R$ 709 mil.

(Michael Gonçalves, DC, 25/03/2009)