Papo rápido: “o maior problema é a burocracia” diz diretor da BB Barcos sobre transporte marítimo

Papo rápido: “o maior problema é a burocracia” diz diretor da BB Barcos sobre transporte marítimo

(Por Rafael Martini, Diário Catarinense, 08/10/2016)

O entrevistado deste fim de semana é Raul Machado, diretor da BB Barcos, construtora e operadora de Catamarãs para transporte de passageiros.

Na opinião do senhor, por que o transporte marítimo não deslancha na Grande Florianópolis?

Temos uma autorização provisória com validade de dois anos concedida pelo Deter. Possuímos experiência no transporte marítimo e hidroviário, com embarcações operando em Porto Alegre, Ilha Comprida (SP), Santos, Ilhabela, São Luiz do Maranhão, Belém, Santarém e outros pequenos municípios. O maior problema na implantação do transporte marítimo na Grande Florianópolis é a burocracia. São muitos itens, e cada um demora para ser analisado. O Plamus, que serve de orientação a técnicos e autoridades, tem equívocos importantes de origem, fazendo com que o transporte marítimo seja considerado complementar, quando na verdade, pela geografia da Grande Florianópolis, deveria ser o principal.

O que falta e quanto custaria a integração deste modal?

Falta aprovação da Fatma e posteriormente da SPU. Após isto, pequena dragagem, diminuição e restauração do trapiche existente atrás do Centrosul. Temos quatro embarcações prontas para iniciarem a operação. O custo para os municípios será zero, enquanto os BRTs ficam na casa do bilhão de reais. Veja um exemplo: uma travessia entre o Bairro Aririu (Palhoça) e o  Centrosul (Florianópolis) levaria apenas 15 minutos, com ar condicionado, duas TVs e sem jogar (balançar) nada, pela característica das embarcações. Tudo pelo preço médio de uma passagem de ônibus.