Protetores ambientais educam crianças no Parque Florestal do Rio Vermelho, na Capital

Protetores ambientais educam crianças no Parque Florestal do Rio Vermelho, na Capital

Além das águas claras da Lagoa da Conceição, da Mata Atlântica em regeneração e das dezenas de animais feridos submetidos a tratamento veterinário, o Parque Florestal do Rio Vermelho, na Capital, oferece às crianças educação ambiental. E os professores são adolescentes egressos do programa Protetores Ambientais, da Polícia Militar Ambiental (PMA). “O objetivo do programa é treinar adolescentes para auxiliar a PMA na educação ambiental”, explicou o sargento Mário Campos, que acompanhou a reportagem da Agência AL enquanto alunos da Escola Edith Gama Ramos, de Capoeiras, assistiam a uma aula ao ar livre no parque na tarde de terça-feira (20).

“Ser protetor é muito gratificante, plantamos hoje para colher lá na frente. Aqui aprendi lições de cidadania e até sobre as funções dos políticos”, revelou David Monteiro Lucas, de 16 anos, aluno do Instituto Federal de Educação (IFSC) e protetor ambiental desde 2013. Apesar da pouca idade, David fala sério quando o assunto é ecologia. “A natureza está dando sinais de que não tá legal”, lamentou o protetor, atualmente um dos cinco adolescentes que dão aulas de educação ambiental aos pequenos que visitam o parque do Rio Vermelho.

Aula peripatética

David levou os alunos para uma aula à moda peripatética, isto é, caminhando pelo parque, falando sobre os animais que as crianças viam, ouviam e, por vezes, até tocavam. Macacos-prego, bugios, corujas, araras, gaviões, cutia, tamanduá, papagaio, todos sem condições de retornar à natureza. “Vieram para cá filhotes e não aprenderam com os pais a procurar comida e a se proteger dos predadores. Se forem soltos, não sobrevivem”, explicou às crianças.

“Gostei mais das araras, elas me imitaram”, contou Andrieli Sofia de Arruda, de 9 anos, aluna do 4º ano. Ao todo, cerca de 250 alunos de Florianópolis e Biguaçu participam do programa de visitas ao parque do Rio Vermelho. “Atualmente são cinco escolas que participam”, informou a sargento Márcia Maria Constantino Sálvio, que convidou a imprensa do Legislativo para registrar a formatura desses alunos, no dia 29 de setembro.

(Agência ALESC 21/09/16)