10 ago Protesto e alerta marcam última audiência pública do plano diretor na sede Continente
Cerca de 200 pessoas acompanharam a segunda e última audiência do Plano Diretor de Florianópolis no distrito Sede Continente, na noite desta terça-feira (9). A reunião, realizada no Salão Paroquial do Santuário Nossa Senhora de Fátima, no Estreito, teve protesto, reclamação e também alerta para que a população acompanhe o projeto na Câmara dos Vereadores. As audiência finais ocorrem em 13 de setembro e 17 de outubro, quando será apresentado o texto final – as datas ainda estão sujeitas a alterações.
A partir daí, o Plano Diretor está previsto para chegar à Câmara de Vereadores nas semanas seguintes, para ser votado antes do final da legislatura. “O Plano Diretor é adensamento da cidade com eliminação de áreas verdes e benefício da especulação imobiliária, em detrimento das comunidades”, reclamou Rodrigo Ferreira, morador de Coqueiros. Assim como outros que assumiram a palavra, ele pediu que todos fiscalizem quando o projeto for para a Câmara, além de uma condicionante no anteprojeto para que as emendas de vereadores só possam ser aprovadas com embasamento técnico.
O distrito, que na reunião expôs insatisfações com cartazes como “Mas não é esgoto” e “Coletou, cobrou, tratou”, foi representado por Beatriz Cardoso, que apesar de reconhecer que houve avanços quanto ao apoio técnico do Ipuf, muitas questões não foram atendidas. Segundo ela, são 12 as diretrizes do Continente, que pedem mais áreas verdes e espaços de lazer, segurança, menos adensamento, revitalização da orla, entre outros. Beatriz afirmou, no entanto, que 115 propostas atingiam o Continente, mas nenhuma refletia os pedidos da comunidade.
Ao todo, 130 mil pessoas vivem nos 11 bairros que compõem o distrito: Abraão, Bom Abrigo, Coqueiros, Itaguaçu, Balneário, Canto, Coloninha, Estreito, Jardim Atlântico, Capoeiras e Monte Cristo.
Leia na íntegra em Notícias do Dia Online, 09/08/2016.