23 maio Geração de energia solar recebe investimentos que passam de R$ 24 milhões em Santa Catarina
A energia solar se destaca como uma alternativa economicamente viável e de baixo impacto ambiental, mas ainda tem mínima participação no setor elétrico brasileiro. Segundo dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica Nacional), a atuação desse tipo de energia em todo território nacional é de apenas 0,02%, considerando dados de até dezembro de 2015. E a previsão para aumentar essa participação no SIN (Sistema Integrado Nacional) é somente para 2018.
Na contramão dos indicativos nacionais, Santa Catarina tem ajudado a impulsionar o setor a partir de institutos e empresas instaladas na região. A gigante Engie Tractebel Energia, por exemplo, firmou em abril uma parceria com a Araxá Energia Solar, uma das líderes no mercado brasileiro de geração solar distribuída, para a geração solar de forma descentralizada, em residências e edifícios. Com a parceria, a Engie detém agora 50% da GD Brasil Energia Solar, que passou a se chamar Engie Solar, com sede em Florianópolis. O valor investido pode chegar até R$ 24 milhões.
O diretor-presidente da Engie Solar, Rodolfo Souza Pinto, não tem dúvidas de que a fotovoltaica seja uma tendência para os próximos anos. Além das questões ambientais que estão cada vez mais evidentes, ele destaca a viabilidade econômica desse tipo de geração de energia. “O mundo inteiro vem utilizando energia solar fotovoltaica nas últimas duas décadas. Já é um produto comercialmente consolidado. Nos últimos anos, os custos caíram brutalmente e isso garante a viabilidade do ponto de vista econômico”, diz.
“Nosso país tem uma matriz energética renovável muito focada nas hidrelétricas. Se você fizer uma análise um pouco mais técnica do setor elétrico, você percebe que novos projetos hidrelétricos têm uma dificuldade muito grande de se viabilizar porque eles estão todos na bacia do Rio Amazonas, que tem questões ambientais e logísticas muito complexas”, acrescenta.
Possibilidades de investimento
De acordo com o diretor-presidente, em aproximadamente seis anos é possível recuperar o investimento inicial feito à vista por um consumidor para a captação de energia solar em sua residência, sendo que depois isso, é cobrada somente uma tarifa para a distribuidora. A vida útil do sistema gerador é de, pelo menos, 25 anos.
Leia na íntegra em Notícias do Dia Online, 22/05/2016