03 mar Corredores ecológicos são alternativas para proteger Planície Entre Mares do Campeche, Sul da Ilha
Bola da vez no concorrido e supervalorizado mercado imobiliário do Sul da Ilha, a Planície Entre Mares do Campeche, a maior área plana da cidade, com 65 km², está mapeada como primeiro corredor ecológico de Florianópolis. A intenção é proteger últimos fragmentos da Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, última gleba da mata atlântica originária [quartenária] na transição entre a encosta e a restinga, localizada entre a SC-406 e a rodovia municipal Aparício Ramos Cordeiro. Outra finalidade é interligar as três unidades de conservação ambiental da região – parques municipais da Lagoa do Peri e do Maciço da Costeira e o manguezal da Reserva Extrativista do Pirajubaé, área federal sob gestão do ICMBio (Instituto Chico Mendes da Biodiversidade).
“Trata-se de vegetação praticamente extinta na Ilha”, resume a mestre em geografia Talita Laura Góes, 30, especializada em utilização e conservação de recursos naturais, que apresentou a proposta detalhada à Floram (Fundação Municipal do Meio Ambiente) e espera a criação dos corredores durante o processo de revisão do controverso Plano Diretor de Florianópolis. Na prática, os corredores ecológicos protegerão fauna e flora características da planície que separa o “mar de fora” das águas protegidas da baía e permitirão a conexão entre as cadeias montanhosas da Ilha, maciços Sul, Central e Norte.
“A conectividade entre os fragmentos desta vegetação é a alternativa para conter a acelerada ocupação humana na região. E, paralelamente, recriar habitat para fauna e flora típicas, algumas ameaçadas de extinção”, diz Talita. Para o chefe da divisão de implantação e manejo de unidades de conservação da Floram, Mauro Costa, 49, a interligação de paisagens distintas e a preservação de trecho da floresta baixa original são fundamentais no momento em que os parques municipais passam por readequações ao SNUC (Sistema Nacional das Unidades de Conservação). “É mais um mecanismo de proteção à mata nativa da Ilha”, diz.
Leia na íntegra em Notícias do Dia Online, 02/03/2016.