08 dez Revitalização do aterro continua engavetada
(Por Carlos Damião, Notícias do Dia Online, 07/12/2015)
Muito pertinente da observação do leitor Paulo Roberto Witoslawsky: “Acredito que além de mim, mais leitores do ND gostariam de saber, se a marina da Beira-mar Norte ‘compensa’ a não revitalização do Aterro da Baía Sul. É inegável a valorização dos imóveis da Baía Norte com tal realização, ao passo que o Aterro da Baía Sul é propriedade da União. Parece que Florianópolis também é a capital dos projetos engavetados, sem querer falar nas promessas”. O Aterro da Baía Sul é um caso emblemático da cidade, vítima talvez de uma maldição bruxólica. Na década de 1970, quando implantado, foi duramente criticado e rejeitado pela comunidade. O então vereador Valdemar da Silva Filho (Caruso) dizia: “O aterro é o enterro do Desterro”. Com toda certeza, porque afastou o mar da cidade, tirando todo o charme marítimo que durante séculos sempre caracterizou nosso Centro. Witoslawsky resgatou matéria do ND, publicada em 11 de fevereiro de 2014, com foco no projeto Passarela Jardim (foto), cujo objetivo seria revitalizar toda a área do aterro, reaproximando a cidade do mar. À época, com anunciada aprovação do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), a ideia era começar os trabalhos imediatamente. Nada foi feito de lá para cá. E o aterro continua com ares de abandono e, pior, ameaçado pela construção de prédios funcionais nas áreas do antigo Direto do Campo e Camelódromo Centro Sul. Mais puxadinhos, mais descaso, mais irresponsabilidade urbanística!