23 nov Em 10 anos, Icom mobiliza R$ 6,5 MI para o social
(Por Estela Benetti, Diário Catarinense, 23/11/2015)
Com ações transformadoras na área social, o Instituto Comunitário Grande Florianópolis (Icom), chega aos 10 anos nesta quarta-feira. Desde novembro de 2005 até agora mobilizou R$ 6,5 milhões investidos em mais de 800 iniciativas sociais que impactam positivamente a vida de milhares de pessoas na região. Entrevistei a fundadora e presidente voluntária do conselho do Icom, Lucia Dellagnelo, sobre essa trajetória.
Que projetos você destaca dessa primeira década do ICom?
O ICom realizou inovações fundamentais para a forma de trabalhar na área social. Destaco o programa de Desenvolvimento Institucional de ONGs, que oferece uma metodologia transformadora para as instituições melhorarem sua gestão e terem mais impacto junto a população; e o Portal Transparência, uma plataforma online gratuita onde qualquer cidadão pode conhecer melhor a ONG, como é sua gestão e o resultado de seu trabalho.
O instituto atua no modelo de fundação comunitária. Quais são as vantagens desse sistema?
A grande vantagem da Fundação Comunitária é ter raiz na comunidade, unindo esforços de quem vive na região, para conhecer e atuar sobre seus desafios e oportunidades. A fundação comunitária fortalece a rede de ONGs e oferece soluções para que as empresas, famílias e indivíduos possam investir na melhoria da qualidade de vida de sua cidade, com maior impacto. Ela gera mais valor nas ações sociais tanto da ONG como de quem está apoiando. O ICom trabalha nas duas pontas: dando suporte para empresas, famílias e pessoas físicas que nesses 10 anos investiram na comunidade com apoio do ICom pouco mais de R$ 6,5 milhões; e tornando o campo social mais vibrante, tendo apoiado mais de 800 iniciativas sociais que impactam a vida de milhares de pessoas na Grande Florianópolis.
Um dos pioneirismos do ICom foi a mobilização via redes sociais. O que foi alcançado e qual é a tendência?
O ICom foi cofundador do Social Good Brasil que estimula o uso da tecnologia e do pensamento inovador para mudança social. Percebemos que os jovens querem se envolver com sua comunidade desta forma, propondo soluções inovadoras para problemas sociais. O ICom busca oferecer formas diferenciadas de engajamento social, para que todo cidadão, independente da idade e classe social, possa contribuir.
Que projetos atuais do ICom você destaca?
Destaco o Centro de Apoio à Inovação Social – CAIS que oferece espaço de trabalho compartilhado e apoio de gestão contábil e jurídica para pessoas e organizações que desejam realizar ações socioambientais. Assim, fortalece a rede de apoio social da região.
De que forma as empresas e pessoas podem investir no social por meio do instituto?
Elas podem contar com o ICom de três formas: ao invés de abrir uma fundação ou instituto próprio, que tem custo e burocracia elevados, empresas e famílias fazem parceria com o ICom e passam a contar com sua equipe e expertise; se acredita que é estratégico investir na infraestrutura do setor socioambiental, deve se tornar um apoiador institucional do ICom, colaborando para financiar ações de alto impacto nas comunidades e inspirando outros investidores sociais; por último, os investidores podem participar de forma coletiva, ampliando o impacto dos recursos doados. Alguns desses investimentos podem ter dedução fiscal e o melhor para ter mais detalhes é fazer contato pelo www.icomfloripa.org.br.