29 out Conclusão da reforma da rodoviária de Florianópolis ainda é uma incógnita
Prevista para estar pronta antes da metade deste ano, a conclusão da reforma do Terminal Rodoviário Rita Maria, em Florianópolis, ainda é uma incógnita. A menos de dois meses da temporada de verão, apenas uma fase das obras iniciadas em abril de 2013, a de impermeabilização dos telhados, foi concluída. E, mesmo assim, passou por reparos na última semana devido a registros de goteiras na cobertura reformada recentemente. “A obra tem cinco anos de garantia, e com esse volume de chuva alguns problemas apareceram, mas a empresa já sanou os defeitos”, garantiu Fúlvio Rosar Neto, presidente do Deter (Departamento de Transportes e Terminais), órgão que administra a rodoviária da Capital.
A segunda e a terceira etapas da revitalização, que inclui a troca do piso nos dois andares do prédio, pintura e asfaltamento do entorno do terminal, estão em andamento. “Só depois de quinta-feira, quando teremos uma reunião com a empresa responsável, posso dizer se conseguiremos concluir toda a obra antes das festas de final de ano”, disse o engenheiro Ivan Amaral, da Secretaria de Estado de Infraestrutura e responsável por fiscalizar a obra. “Na primeira etapa, tivemos umas correções a fazer. Na remoção do piso, fizemos 70% e nesta semana vamos começar a trocar o piso de borracha pelo porcelanato. Na pintura, concluímos 80% dos trabalhos”, completa Amaral.
A parte da obra que mais preocupa o governo do Estado, em função do grande volume de chuva na Capital nos últimos 30 dias, é a que está sendo executada pela empresa Compesa, e na qual estão previstos a revitalização do pavimento asfáltico do pátio do estacionamento, do pátio de manobras dos ônibus e da área externa de circulação das pessoas. Orçada em R$ 1,7 milhão, de um total de R$ 10,9 milhões, a obra depende de uma trégua na chuva para que seja concluída até dezembro. “O tempo que temos dá e sobra, mas estamos agoniados porque com a chuva não podemos trabalhar com asfalto e isso pode prejudicar essa fase dos trabalhos”, destaca Amaral.
Sai a borracha, entra a cerâmica
A primeira etapa das obras contemplou a recuperação da estrutura e a impermeabilização do telhado de todo o terminal, incluindo a calha central, onde a água da chuva se acumula e acabava causando as goteiras. A obra na cobertura, ao custo de R$ 6,8 milhões, foi executada pela empresa Progredior, a mesma responsável pela substituição de todo o piso emborrachado por piso cerâmico, pelo cercamento do estacionamento e a pintura das paredes internas, externas e do teto. “O cercamento está ocorrendo, a pintura também. Depois de trocarmos todo o piso do andar inferior devemos atacar o piso superior a partir da próxima semana”, informa o engenheiro Ivan Amaral. Já as etapas de pintura, cercamento e troca de piso está orçada em R$ 2,4 milhões.
O Terminal Rodoviário Rita Maria foi inaugurado dia 7 de setembro de 1981. O prédio nunca foi reformado, apenas teve reparos emergenciais. Os primeiros problemas surgiram dez anos depois, em 1991. Em 2010, a Defesa Civil decretou situação de emergência pelas condições estruturais do terminal e notificou o Deter, responsável pelos reparos. Após usuários sofrerem anos com as goteiras, governo começou a reforma do telhado em abril de 2013.
MP-SC pedirá informações da obra ao Deter
O promotor Daniel Paladino, do MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina), autor de uma ação civil pública que cobrava melhorias na acessibilidade e nas adequações de segurança do terminal em 2013, afirmou que entrará em contato com o Deter para descobrir como está o andamento da reforma. Na época da ação, lembra, foram verificados problemas estruturais na cobertura, mas a Justiça indeferiu a parte do pedido feito pelo promotor que cobrava a solução dos problemas no telhado.
Leia na íntegra em Notícias do Dia Online, 28/10/2015.