23 jan Setor quer contrato mais flexível
Os números de Florianópolis poderiam ser ainda melhores se houvesse maior flexibilidade nos contratos temporários, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel/SC).
Para o presidente da entidade, Ézio Librizzi, uma reforma trabalhista deveria contemplar a adequação do temporário.
– O pico da temporada é cada vez mais curto, resumido aos primeiros dias de janeiro. Há sazonalidade até mesmo dentro da semana. No fim de semana é um movimento, durante a semana é outro. Temos que legalizar o trabalho do horista, aquele profissional que trabalha por hora – explica.
Por conta da lei e da CLT, ainda não há dispensa de trabalhadores temporários. Os contratos são de experiência e vão até o final do Carnaval.
Com equipe fixa durante todo o ano no restaurante Maurílio, que mantém na Praia da Joaquina, Mauri Maurílio Nunes sempre contrata um ou dois garçons para ajudar no pico da temporada. Mas como registrou queda de 60% no movimento em relação à primeira semana de janeiro, já dispensou os dois ajudantes.
– O período de movimento excelente é de 24 de dezembro a 7 de janeiro. Agora quem tá segurando são os argentinos – conta.
Já no restaurante Maurílio II, também na Joaquina, o garçom Hilton Andrade tem emprego temporário garantido há vários anos. Trabalha como free-lancer durante o resto do ano como garçom em vários estabelecimentos e eventos e a cada verão, é contratado no restaurante da Joaquina.
– Começo dia 26 de dezembro e fico até o final do Carnaval há sete anos – conta.
(DC, 23/01/2009)