13 ago Sapiens Parque e UFSC firmam acordo para desenvolvimento tecnológico
Florianópolis dá mais um passo em direção ao desenvolvimento tecnológico. Hoje, a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e o Sapiens Parque assinam termo de cooperação para a implantação do Parque Científico-Tecnológico da UFSC no maior polo de inovação do Estado. Como as duas instituições já trabalham em conjunto, na prática, o acordo cria medidas de segurança jurídica, estabelece a metodologia de implantação dos projetos e mantém a doação de uma área equivalente a 250 mil m2 de potencial construtivo para a universidade, com a finalidade de implantação de institutos multidisciplinares de pesquisas de ponta.
Atualmente, UFSC e Sapiens Parque desenvolvem três projetos em parceria, relacionados a petróleo e gás natural, energia solar e farmacologia. Para o pró-reitor de pesquisa da UFSC, professor Jamil Assreuy Filho, o novo acordo permitirá ampliar o planejamento de longo prazo. “Um empreendimento desse tipo não pode ter um planejamento para durar dois anos. Esse acordo é o primeiro degrau de uma escada. Agora, uma vez que o acordo foi feito, vamos estabelecer dentro da universidade quais as regras internas para que os projetos possam se ir para lá”, disse Assreuy.
Além de permitir o desenvolvimento de longos projetos, o acordo representa um momento histórico para o empreendimento. “Foi estruturado um modelo em que a presença da universidade funciona como um módulo de ciência e tecnologia. É como se fosse um parque dentro de outro. Isso é um conceito inovador mesmo no âmbito mundial”, comentou José Eduardo Fiades, diretor-executivo do Sapiens Parque.
O termo de cooperação entre as partes também garante à UFSC a exclusividade na gestão científica dos laboratórios e a propriedade dos resultados científicos e das instalações construídas no local. Com a garantia da área de 250 mil m2, a UFSC pretende ampliar a ocupação do espaço. “Temos esperança de conseguir ocupar 30% da área nos próximos seis anos. A ideia é que os projetos que forem para lá sejam autossustentáveis e, para isso, será preciso captar recursos e fazer parcerias”, afirmou Assreuy.
Benefícios em via de mão dupla
“Um parque científico precisa de uma âncora científica, e esse papel cabe à UFSC”. A frase do pró-reitor de pesquisa da UFSC indica que, com o acordo, as duas partes poderão colher bons frutos nos próximos anos. “O parque científico vai estimular a interação da universidade com os setores de desenvolvimento tecnológico, principalmente porque um dos nossos preceitos básicos é o envolvimento do estudante nos projetos de pesquisa e extensão”, disse Assreuy.
Para o diretor-executivo do Sapiens Parque, a parceria irá agregar valor ao empreendimento e favorecer o contato das empresas com novos e capacitados profissionais. “Valorizamos nosso ambiente na medida em que trazemos pesquisadores de ponta, alunos de graduação e pós-graduação, e projetos de pesquisa. Estamos aproximando das empresas recursos humanos altamente qualificados e conhecimento cientifico de ponta, que é o propósito de um parque de inovação”, afirmou Fiades.
(Notícias do Dia Online, 13/08/2015)