25 jun Impactos só serão sentidos em 2017
As mudanças que virão na carona das concessões do aeroporto de Florianópolis e de quatro trechos de rodovias federais no Estado só poderão ser percebidas a partir de 2017. É o período entre estudos técnicos, audiências públicas, leilões, assinatura dos contratos, início efetivo da administração privada e realização das primeiras obras. Uma reunião entre o fórum parlamentar catarinense e o governo federal – inicialmente prevista para hoje –, para definir a forma como serão feitas as concessões das rodovias, foi adiada para a próxima semana, sem dia definido.
O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Eliseu Padilha, destaca que uma das principais melhorias no aeroporto Hercílio Luz será a construção de um novo terminal de passageiros, nos moldes do de Brasília, a ser concluído entre 2017 e 2018. O espaço ficará no lado oposto ao do terminal utilizado atualmente, que poderá ser destinado para aviação geral.
– Após o leilão, que será em 2016, e a assinatura do contrato, a primeira fase da obra deve levar entre 18 e 24 meses. Depois deste período os catarinenses poderão usufruir de um terminal de passageiros com alto padrão – afirma.
OTIMISMO COM BASE EM OUTROS EXEMPLOS
O investimento de R$ 1,1 bilhão previsto para Florianópolis também vai contemplar a criação de vias de acesso ao novo terminal, além de um pátio moderno para as aeronaves e eventuais reparos na pista de pousos e decolagens. A formatação final do pacote de obras será feita depois dos estudos de viabilidade, que devem ser concluídos no segundo semestre.
Padilha adianta que as taxas de embarque não pesarão no bolso dos usuários por causa da concessão, já que os valores seguem uma tabela nacional. O otimismo do ministro se baseia nas seis concessões realizadas pela União – Brasília, Guarulhos, Viracopos, Galeão, Confins e Natal. No caso de Brasília, por exemplo, o consórcio Inframérica assumiu o complexo em dezembro de 2012 e aplicou mais de R$ 1,2 bilhão – ao final dos 25 anos do contrato o investimento será de R$ 2,8 bilhões.
O administrador quase dobrou a área do terminal, aumentou o número de esteiras, passou as pontes de embarque de 13 para 29, o que reduziu o uso de ônibus. As mudanças refletiram na pesquisa de satisfação do passageiro realizada pela SAC. Do primeiro trimestre de 2014 para o de 2015, o aeroporto da capital do país subiu 21% na avaliação dos viajantes: nota média de 3,52 para 4,26, saltando de 13o para quarto lugar.
(DC, 25/06/2015)