19 maio Pequenas soluções para um grande problema
(Por Carlos Damião, Notícias do Dia Online. 17/05/2015)
Os moradores de Florianópolis sofrem há muito tempo com as questões relativas à mobilidade. Perdemos qualidade de vida porque o trânsito piorou ou porque a cidade cresceu demais, sem planejamento? Parece-nos evidente que as duas coisas correram em paralelo. A Capital praticamente explodiu nos últimos 10 anos, sem que houvesse por parte do poder público a necessária preocupação com o sistema viário, sem falar no suprimento de água e energia elétrica e na implantação do esgotos. O crescimento nos fez mal e a prova disso está nas ruas entupidas de automóveis e nas praias com a balneabilidade cada vez mais comprometida. Quisemos mostrar ao mundo que éramos um paraíso na Terra – a cidade campeã de qualidade de vida no Brasil – e o mundo começou a migrar para cá, mesmo sem termos estrutura para receber tanta gente em tão curto espaço de tempo. O resultado ambiental e urbano preocupa especialistas e as autoridades responsáveis pela administração pública. A reportagem de Leonardo Thomé, na edição do fim de semana do ND, mostra que as alterações no trânsito, com a adoção do sistema binário e novos equipamentos, representam um começo para melhorar alguns entraves. Não indicam a solução definitiva, mas apontam caminhos (e atalhos). Ainda que muitas pessoas não entendam ou não aceitem.
Rua vazia
Passeando pela Avenida Trompowsky e pela Rua Bocaiúva, conversei com amigos e conhecidos sobre as alterações feitas na primeira via, ou seja, a mão única no sentido Centro – Bocaiúva. Eles criticaram a iniciativa e me mostraram a Trompowsky, perto do meio-dia de uma quinta-feira, completamente vazia e a outra parada por causa do excesso de veículos. Ali a prefeitura precisa fazer nova intervenção. É fato que a mudança não produziu o efeito desejado.