Concluída há um ano na Câmara de Florianópolis, CPI dos Alvarás não teve relatório final aprovado

Concluída há um ano na Câmara de Florianópolis, CPI dos Alvarás não teve relatório final aprovado

Nesta semana, completou-se um ano desde que a CPI dos Alvarás foi encerrada. No entanto, o relatório final da comissão ainda não foi aprovado pela Câmara de Vereadores de Florianópolis. As deliberações do grupo que investigou a concessão de 150 alvarás emitidos pelo município estão em aberto. Na última quarta-feira, o relatório final foi mais uma vez levado para votação, e mais uma vez foi adiado, desta vez por seis sessões. Entre os argumentos, vereadores afirmaram que não leram o documento.

Entre maio de 2013 e abril de 2014, a comissão presidida pelo vereador Pedrão (PP) investigou a liberação de obras na cidade. “O relatório final é propositivo, e não punitivo. A ideia é melhorar a forma como são emitidos alvarás pelo município, trazendo mais transparência, rapidez e eficiência para este processo”, afirmou Pedrão.

Uma cópia já foi encaminhada como forma de recomendação à Prefeitura de Florianópolis e ao Ministério Público. Um dos pedidos da comissão – a proibição da emissão de alvarás de construção pela Secretaria do Continente – foi atendido pelo prefeito Cesar Souza Júnior (PSD) por meio de decreto. A medida chegou a valer por seis meses, mas foi suspensa.

Outro pedido da CPI, sobre a demolição de um prédio construído sobre área de mangue no bairro João Paulo, já tem parecer positivo da Floram, e a demolição deve ser executada em breve. Pedrão diz que a falta de documentos e de mais provas impediram outras conclusões. “Muitos documentos que foram pedidos à prefeitura não foram enviados. Alguns não foram encontrados na prefeitura”, disse Pedrão.

Um dos investigados pela comissão foi o ex-secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano José Carlos Ferreira Rauen e seu adjunto, Fábio Ritzman, que teriam agido como facilitadores na emissão de licenças sob suspeita. Eles teriam desconsiderado pareceres técnicos, avocando para si a responsabilidade para emissão dos alvarás. Em depoimentos à CPI, Rauen se manteve calado.

Além da CPI dos Alvarás, a CPI da Telefonia, encerrada em 2013, também não teve relatório final aprovado em plenário. Na atual legislatura, apenas a CPI dos Táxis chegou a ser concluída, na qual foi pedida a cassação de placas de táxis frutos de ilegalidades na cidade.

( Notícias do Dia Online, 24/04/2015)