08 abr Reitor da Udesc apresenta desafios da instituição à Comissão de Educação
Os principais desafios da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) são a ampliação da infraestrutura, a expansão regional sustentável e o aumento do quadro de servidores, com uma política de valorização salarial e a revisão do plano de carreira. A declaração foi feita pelo reitor da Udesc, Antonio Heronaldo de Sousa, durante reunião da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (7).
Outras dificuldades apontadas por Sousa são a liberação de recursos federais, a permanência estudantil, os cursos represados e a formação de pessoal nas áreas de educação, saúde e tecnologia.
O orçamento anual da instituição é de, aproximadamente, R$ 330 milhões, conforme repasse de percentual da receita líquida disponível (RLD) do Estado. “Se houvesse maior disponibilidade de recursos, as ações da Udesc poderiam ser aceleradas”, afirmou Sousa. “Acreditamos que na Comissão de Educação, assim como nas demais, os deputados vão se mobilizar para fazer com que os recursos da universidade aumentem. Assim poderemos dar respostas cada vez mais satisfatórias à sociedade catarinense”, acrescentou.
O presidente e a vice-presidente da comissão, deputados Valdir Cobalchini (PMDB) e Luciane Carminatti (PT), concordaram que é necessário aumentar o percentual destinado à instituição. “Queremos, na medida do possível, melhorar o orçamento da Udesc. Ela é a quarta melhor universidade estadual do país, um motivo de muito orgulho para Santa Catarina”, comentou Cobalchini.
Investimentos e expansão
Atualmente a universidade dispõe de R$ 60 milhões para investir em obras de ampliação da infraestrutura em três anos.
Segundo o reitor, a universidade desenvolve uma política de expansão sustentável, prevista no planejamento estratégico da instituição, conforme uma série de critérios. O objetivo é otimizar os recursos estaduais e estabelecer parcerias com o governo federal, por meio da Universidade Aberta do Brasil. “Um dos patamares importantes para a sustentabilidade é a Educação a Distância (EAD), que nos permite buscar recursos federais”, disse Sousa.
Panorama nacional
O reitor da Udesc destacou as metas 12 e 14 do Plano Nacional de Educação 2011-2020, referentes ao ensino superior. A primeira busca elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta. A outra pretende elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores.
Conforme Sousa, dados do Ministério da Educação (MEC) de 2013 revelaram que apenas 16% dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos cursavam o ensino superior. “Temos que dobrar esse número, o que exige um esforço muito grande”, frisou Luciane. “Precisamos também fazer um debate sobre a expansão do ensino superior no estado de forma mais integrada, articulada nacionalmente”, complementou.
TIC na Grande Florianópolis
Questionado pelo deputado Gean Loureiro (PMDB) sobre a perspectiva de oferta de cursos na área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) na Grande Florianópolis, o reitor adiantou que há um projeto em estudo para atender à demanda da região.
Também participaram da reunião da Comissão de Educação o pró-reitor de Ensino da Udesc, Luciano Hack, e os deputados Rodrigo Minotto (PDT) e Natalino Lázare (PR).
Perfil da Udesc
Unidades (centros presenciais): 12
Cidades: 10
Polos EAD: 31 (mais 3 aprovados)
Alunos: 16 mil
Alunos formados: 55 mil
Professores efetivos: 850
Professores temporários: 300
Técnicos universitários: 800
Grupos de pesquisa: 141
Cursos de graduação: 50
Cursos de especialização: 10
Mestrados: 26
Doutorados: 11
Ações de extensão: 500
Público anual beneficiado com ações de extensão: 600 mil
4ª melhor universidade estadual do Brasil
18ª do ranking geral do MEC
7ª no ranking de graduação do MEC
(ALESC , 07/04/2015)