25 fev Permanência do Camelódromo da Baía Sul deve ser prorrogada em Florianópolis
Um encontro entre representantes do município de Florianópolis, Acacif (Associação do Camelódromo Cidade de Florianópolis) e Justiça Federal encaminhou acordo entre as partes para prorrogar a permanência do Camelódromo Centro Sul no aterro da Baía Sul.
Uma decisão do juiz federal Hildo Nicolau Peron promulgada em agosto de 2013, após ação impetrada pela União – que tem o domínio sobre a área –, exigia a desocupação do local até amanhã, mas a reunião de ontem deu novo fôlego aos comerciantes.
De acordo com o procurador-geral do município, Alessandro Abreu, a decisão atende a um pedido da prefeitura, que ainda não encontrou uma solução definitiva para o imbróglio. “O município peticionou, dizendo da dificuldade em fazer a desocupação da área nesse momento, sem que haja conflito. Tivemos a reunião com o juiz (Hildo Peron), agora só falta o consentimento formalizado da União”, afirmou ainda no edifício da Justiça Federal.
Em contrapartida, o município se compromete em levar adiante parte do projeto Passarela Jardim, que prevê a construção de um shopping popular onde os camelôs poderiam ser realocados.
“Se vislumbrou a ideia de apresentar essa petição até que nós possamos dar início às obras e apresentar um novo cronograma, que está sendo atualizado em função das necessidades e também de situações de ordem financeira.
Caso seja oficialmente deferida, a prorrogação da permanência, nos comprometemos em apresentar um novo cronograma daqui duas semanas”, garantiu o procurador-geral.
A resolução entre as partes agrada o conjunto de comerciantes, como afirmou a presidente da Acacif, Rosemeri Rabelo, pouco antes da reunião: “Se o projeto for executado, com chance das pessoas que estão aqui dentro participar da licitação, iria acabar com essa história de ilegalidade que falam, mas que não existe.
A gente veio para essa área com autorização do município”. Ainda carente de despacho oficial, a decisão deverá ser publicada até amanhã, tendo em vista que o juiz Hildo Peron estabeleceu prazo de 24 horas para que a União se pronuncie a respeito da petição.