Macrodrenagem é solução para salvar a bacia do rio Ratones, no Norte da Ilha

Macrodrenagem é solução para salvar a bacia do rio Ratones, no Norte da Ilha

A expansão da poluição, que ameaça a saúde pública e as atividades turísticas nas praias do Norte da Ilha, é reflexo de pelo menos três décadas de crescimento populacional sem saneamento.

Medidas emergenciais para que a contaminação não se torne irreversível passam, obrigatoriamente, por conscientização e investimentos públicos em coleta e tratamento de esgoto.

Com a chuva, grande quantidade de esgoto in natura foi despejado no mar de Canasvieiras pelo rio do BrazAinda em estudos, a alternativa foi sugerida pelo engenheiro sanitarista e ambiental da Casan Companhia Catarinense de Águas e Saneamento, Lucas Arruda, diante do recente extravasamento do rio do Braz para a baía de Canasvieiras.

Há 11 dias, grande quantidade de esgoto in natura é despejada no mar também por outros cursos d’água contaminados no balneário, com interdição de quatro dos seis pontos de balneabilidade. “A região era alagadiça, uma várzea.

Sem planejamento, o crescimento urbano trouxe assoreamento e acúmulo de matéria orgânica, e isso agora precisa ser corrigido”, explica. Com nascente no morro dos Macacos, entre Cachoeira e Vargem do Bom Jesus, o rio do Braz atravessa extensa área habitada e sem serviço de coleta de esgoto.

Quando está com a barra fechada, na foz, e o esgoto permanece concentrado em seu leito, o movimento da maré carrega os efluentes para o Papaquara, que se encontra com o Ratones nos limites da Estação Ecológica de Carijós.

Segundo o engenheiro, mesmo que não seja a melhor alternativa ambiental, é preferível que o esgoto tratado seja levado pelo rio ao manguezal, ao invés de ser despejado na praia.

O mangue funciona como filtro da matéria orgânica, a diluição é maior. Na praia, o impacto é mais drástico e aparente”, argumenta.

(ND, 24/02/2015)