23 fev Extasiado com vista espetacular, turista critica ruínas, entulhos e falta de sanitários no mirante
Construção em ruínas é o que sobrou de uma antiga lanchonete que deverá ser demolida com a prometida revitalização
Pedro Paulo, 42, e Elizabete Juliano Schmitz, 38, de Canoas (RS), aproveitaram o feriadão de Carnaval, e último fim de semana antes da abertura do ano letivo do filho Lucas, 12, para conhecerem algumas praias e locais históricos de Florianópolis.
Depois do bom almoço de domingo em Santo Antônio de Lisboa, resolveram ver cidade do alto, acharam o caminho da avenida do Antão e subiram 375 metros acima do nível do mar, até o mirante do Morro da Cruz. Recepcionada por três flanelinhas aparentemente bem intencionados, a família gaúcha ficou boquiaberta diante da vista espetacular lá de cima.
Ela até tentou ser simpática, elogiou a beleza das baías no contorno urbano, mas confessou que esperava encontrar pelo menos uma lanchonete com sorvetes, água gelada, refrigerantes e algum mapa turístico.
“A cidade é linda, pena que este ponto turístico esteja assim, abandonado e sujo”, emenda o marido, diante dos entulhos espalhados em torno da construção em ruínas no ponto identificado pela sinalização desatualizada e praticamente ilegível como ‘mirante 1’.
Derrubada pelo vento e de cabeça para baixo, a placa de ferro com o resto de luminoso que ostentava marca de refrigerante famoso no mundo todo não serve para mais nada, é apenas o último indício de que ali funcionavam a lanchonete Visual e os sanitários feminino e masculino.
Por falar em banheiro, “onde fazer xixi?”, perguntou baixinho o menino. Como já sabia a resposta, o comerciante levou o filho até um canto encoberto do bar em demolição e ficou de sentinela até Lucas ficar aliviado e, constrangido, perguntar se o pai também precisava urinar. “Vamos descer, e procurar um local melhor lá embaixo na cidade.
A mamãe também que ir ao banheiro”, respondeu. Depois, um dos flanelinhas sugeriu que fossem até os banheiros móveis instalados em torno da Praça 15 nestes dias de Carnaval. A família Schmitz estava entre as cerca de 600 pessoas que visitaram o mirante no domingo, segundo cálculo de um dos rapazes.
(ND, 23/02/2015)