09 jan Turismo planejado e sustentável é a saída
Ninguém é dono da verdade, nem este colunista, nem seus leitores, muito menos as autoridades e os profissionais ou empresários do turismo. A reflexão que fiz na segunda (29) nem é muito nova, é apenas a recuperação de um tema que me ocupa desde o início desta coluna, em janeiro de 2010.
Não há como rejeitar turistas, porque a Constituição brasileira de 1988 garante o direito de ir e vir. Somos livres para viajar, conhecer lugares, curtir os cenários, participar de festas etc. A grande questão é que não temos infraestrutura pública adequada, nestes dias críticos da temporada, para receber tantos carros e tanta gente ao mesmo tempo.
Os empresários dos hotéis, restaurantes, bares e casas noturnas, fazem a parte deles, gerando empregos e renda, além de estimular uma imensa cadeia produtiva, contribuindo para o desenvolvimento da cidade.
Mas, como colunista – e cidadão –, tenho o direito de protestar e de exigir das autoridades um melhor planejamento da nossa temporada, voltado ao turismo sustentável, capaz de evitar o estouro da capacidade de carga da capital catarinense – mesmo problema de Balneário Camboriú, Itapema, Garopaba e Bombinhas, três dos nossos refúgios turísticos mais procurados.
Não temos infraestrutura para suportar essa demanda, nem rodovias, nem vias urbanas, muito menos água e energia suficientes. E os governos assistem a tudo de braços cruzados.
(ND, 09/01/2015)