Operação Ave de Rapina completa um mês com expectativa de novas revelações em Florianópolis

Operação Ave de Rapina completa um mês com expectativa de novas revelações em Florianópolis

A manhã de quarta-feira, 12 de novembro, deflagrou a Ave de Rapina, maior operação da história recente da Polícia Federal em Florianópolis, com impacto nos poderes Executivo e Legislativo municipal.

Vereadores e empresários foram conduzidos sob suspeita de corrupção. O rombo estimado pela PF atinge R$ 30 milhões. Quinze pessoas foram presas, entre elas o vereador Marcos Aurélio Espíndola, o Badeko (PSD), solto na quinta-feira.

Manhã do dia 12 de novembro começou com o cumprimento de mandados de prisão e busca, entre eles o realizado no Ipuf

Entre os conduzidos de forma coercitiva, estava o então presidente da Câmara, Cesar Faria (PSD), que renunciou ao cargo na Mesa Diretora. Ao longo de um mês, a Operação Ave de Rapina resultou em 50 indiciamentos, 13 deles denunciados na última quarta-feira pelo MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina).

Encerrada na Polícia Federal, a operação ainda pode deixar novos rastros. Inquéritos foram abertos a partir da investigação inicial com indícios de irregularidades além das apuradas, como lavagem de dinheiro.

A Operação Ave de Rapina nasceu a partir da denúncia de um empresário do setor de mídia externa, de que o vereador Badeko havia conduzido um esquema de cobrança de propinas de empresas para apresentar e conseguir a aprovação na Câmara de Vereadores do substitutivo global que desfigurou o projeto de lei Cidade Limpa.

Quem recrutava os empresários era o também representante do setor, Adriano Nunes, dono da empresa Visual Brasil. As propinas, segundo as investigações, variavam de valor conforme o potencial das empresas envolvidas, chegando a R$ 100 mil.

Na primeira fase das investigações, a PF prendeu Badeko e Nunes – que se apresentou dias depois, após retornar de uma viagem ao exterior – e apreendeu documentos na sede da Visual Brasil. Foi essa documentação que resultou em um terceiro inquérito e no indiciamento de mais 14 vereadores, além de Badeko, neste esquema.

(ND, 12/12/2014)