27 nov Ponte Hercílio Luz: Deinfra busca empresa no PR
Após a desistência da empresa que faria a obra emergencial para sustentação da ponte Hercílio Luz, o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) corre contra o tempo para solucionar a questão. Interditado em junho de 1982, o cartão-postal de Florianópolis resiste aos inúmeros percalços das obras de recuperação enquanto os valores investidos já ultrapassam a casa dos R$ 200 milhões.
A TDB Ltda, que realizaria a sustentação da obra, justificou a desistência diante da “complexidade versus o tempo estipulado, que ofereceriam grandes riscos de prejuízos”.
Neste momento, a melhor opção para a fase emergencial, na avaliação do Deinfra, seria a empresa Roca Ltda., com sede no Paraná. Na última sexta-feira, o presidente do Departamento, Paulo Meller, esteve em reunião com diretores da empresa, que ficaram de orçar o trabalho. Meller também foi informado que engenheiros visitaram a Hercílio Luz terça-feira passada.
A Roca Ltda já executou trabalhos nos dois viadutos (acessos ao vão central) da ponte entre 2006 e 2009 e, segundo o Deinfra, as duas atividades foram concluídas no prazo.
– É uma empresa capacitada e não há nada que a desabone – garantiu Meller.
A Roca não estipulou prazo para dizer se aceita o serviço. Ontem, os diretores da empresa não foram localizados na sede e nem retornaram o e-mail com questionamentos sobre a proposta.
ENGENHEIROS SUGEREM RETOMAR CONTRATO
Enquanto isso, outras construtoras também foram contatadas pelo Deinfra. O presidente disse que o contrato da obra emergencial não pode passar do valor médio orçado de R$ 10 milhões.
– A informação é que eles têm interesse. Como é uma obra complexa, não adianta pressionar – afirma Meller.
Na manhã de ontem, após a divulgação da desistência da TDB Ltda., representantes da Associação Catarinense de Engenheiros (ACE) se reuniram para debater o problema. O engenheiro Roberto Oliveira, autor do estudo Ponte Segura, disse que uma opção seria renegociar o contrato com a empresa Espaço Aberto reincidido em agosto deste ano. O presidente do Deinfra não quis comentar a sugestão.
(DC, 27/ 11/ 2014).