21 out Casos de adulteração de laticínios voltam à tona
Dezesseis pessoas foram presas ontem em Santa Catarina por suspeita de envolvimento em novos esquemas de adulteração de leite e de derivados. As prisões foram efetuadas nas cidades de Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Novo Horizonte, São Bernardino, Santa Terezinha do Progresso e Formosa do Sul, todas no Oeste catarinense, além de Iraí, no RS, onde a operação Leite Adulterado III também respingou. Esta é a terceira ação relacionada a fraudes no leite realizada em 2014 em SC.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) de Chapecó, o leite foi distribuído em Santa Catarina e encaminhado para as indústrias do Paraná e de São Paulo. Ainda não há como precisar a quantidade de produtos adicionados no produto, nem quantos lotes foram adulterados. O Ministério da Agricultura já inspeciona os locais investigados para fazer o recall das cargas.
As mesmas técnicas de casos anteriores
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), as investigações da operação começaram em maio deste ano e, diferentemente das operações Leite Adulterado I e II, não envolvem somente leite, mas também derivados, e estão focadas nas transportadoras e nos produtores.
O Gaeco informou que os produtos eram adulterados na fonte, nas propriedades rurais, e também durante o transporte das cargas. As práticas são semelhantes às que já haviam sido observadas nas operações anteriores: os envolvidos usam químicos como soda cáustica, citrato de sódio e água, que eram colocados dentro dos caminhões de transporte para aumentar o volume e garantir maior prazo de conservação.
— Não temos tolerância com o caso e vamos mudar este cenário – disse o promotor Fabiano Baldissarelli, coordenador do Gaeco.
(DC, 21/10/2014)