18 jun Impasse no transporte público de Florianópolis será resolvido em julgamento de dissídio coletivo
O impasse entre patrões e empregados do transporte coletivo de Florianópolis, que provocou duas paralisações em maio, será resolvido no tribunal. Nesta quarta-feira, o julgamento de dissídio coletivo pode representar o fim do conflito entre Setuf (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis) e Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores). Entre outros pontos, a principal questão a ser julgada pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) será a extinção de 350 postos de trabalho de cobradores a partir de 1 de novembro, quando entrará em operação o Consórcio Fênix, novo operador do sistema de ônibus na Capital.
Após o resultado, as partes podem recorrer diretamente no TST (Tribunal Superior do Trabalho). De acordo com a assessoria do TRT, a sessão começará às 14h, e será presidida pela vice-presidente do TRT em Santa Catarina, desembargadora Viviane Colucci. A sentença será dada pelo desembargador Jorge Luiz Volpato, relator do processo. Depois da leitura da decisão, um colegiado de sete desembargadores votará confirmando ou alterando alguns termos da decisão de Volpato.
Deonísio Linder, diretor do Sintraturb, afirma que foram feitas reuniões entre as partes em diferentes momentos nos últimos dias, porém, as negociações não evoluíram a um acordo, o que poderia ter cancelado o julgamento de dissídio. Segundo o dirigente, houve avanços em alguns pontos e retrocessos em outros. Agora, ressaltou Linder, motoristas e cobradores aguardarão a decisão da Justiça. “É difícil negociar com os patrões. Tentamos, e como não tivemos êxito, deixaremos nas mãos dos desembargadores. E podemos recorrer”, declarou.
Presidente do Setuf, Waldir Gomes explica que o sindicato não nutre maiores expectativas para o julgamento. Dependendo da decisão, no entanto, Gomes não descarta que o Setuf recorra da decisão. “Se surgir uma decisão absurda, que venha a ferir a Constituição, iremos recorrer. Do contrário, acataremos a decisão da Justiça”, disse.
(Notícias do Dia Online, 17/06/2014)