Plástico e consciência ambiental

Plástico e consciência ambiental

Carta escrita por José Pedro Naisser (DC, 03/09/2008)

Mais uma vez não se entendem e não chegam a um acordo os estados brasileiros e as grandes redes de supermercados acerca da utilização de sacolas plásticas. Foi constatado nas pesquisas que 92% dos consumidores as utilizam para colocar o lixo doméstico. O maior problema com relação ao uso de sacolas plásticas é a não-separação dos materiais. O contingente dos que fazem a seleção não chega a 10% do total. Por essas razoes é que vemos catadores estourando sacolas para buscar o material reciclável, e síndicos nervosos com eles. Se todos colaborassem, não teríamos essa discórdia. A única saída é educarmos para a sustentabilidade, mas isso terá que vir das escolas, que podem oferecer disciplinas como a de “Educação Ambiental”, caso contrário o único destino desse lixo todo serão os lixões a céu aberto e o leito dos rios. Pouquíssimos governantes se preocupam com o lixo na hora de estabelecer o orçamento anual. Muitos gastam mais com a coleta e despejo nos lixões em alguns aterros sanitários do que com a Educação. Esse é o Brasil de hoje com relação ao lixo. O resto é resto.

Ponta do Coral

Carta escrita por Ênio Lima, Presidente da associação Acojar – Florianópolis (DC, 03/09/2008)

Complementando carta publicada no DC de ontem sobre a Ponta do Coral, cumpre salientar que o descuido apontado do local favoreceu ali a construção de cerca de 27 barracos de favelas, alguns com dois pavimentos, o elevado grau de poluição da bacia naquele local, e a construção em alvenaria de barracos de embarcações, proibidos no Plano Diretor.

Beira-Mar

Carta escrita por José Roberto Scarpetta Alves, Engenheiro civil – Florianópolis (DC, 03/09/2008)

Sempre a mesma história. A Avenida Beira-Mar Continental primeiro atrasou por conta da licença ambiental, depois foi a história do adensamento, e agora são as indenizações. Isso tudo porque é uma obra já definida em planos plurianuais anteriores. Antes de enrolar o povo, deveriam, pela ordem: 1. fazer todos os projetos; 2. obter todas as licenças; 3. desapropriar os terrenos; e 4. começar a obra e só aí ter condições de prever a data de conclusão. Mas aqui a primeira coisa que se faz é colocar a placa da obra.

Pingüins

Carta escrita por Juci Polli (DC, 03/09/2008)

Fiquei emocionada em ver o número de pessoas voluntárias para o salvamento dos pingüins sujos de óleo, vítimas da irresponsabilidade humana. Na verdade, sempre me emociono com o engajamento das pessoas nestas ações. Algumas por vezes atravessam as noites tentando levar animais novamente ao mar, como no caso de baleias encalhadas em nosso Litoral. Mas sempre me pergunto, emocionada, por que não há o mesmo empenho de salvação no caso de um cãozinho com sarna, de um gato com um ferimento. Fica o tema para reflexão.