Transporte Coletivo: Audiência termina sem acordo

Transporte Coletivo: Audiência termina sem acordo

Terminou sem resultados a audiência de conciliação entre os sindicatos dos trabalhadores e dos empregadores do transporte coletivo da Grande Florianópolis. Na reunião de três horas, convocada pelo Tribunal Regional do Trabalho de SC (TRT-SC) ontem, o Ministério Público do Trabalho (MPT) ameaçou ingressar com dissídio coletivo em breve caso o embate continue.

A rixa entre os sindicatos é fomentada pela extinção gradual de 350 postos de trabalho, prevista no contrato firmado entre a prefeitura e o setor em abril deste ano. O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sintraturb) está insatisfeito com a medida. Já os sindicatos das empresas de transporte (Setuf e Setpesc) afirmam que a manutenção dos postos torna o serviço muito oneroso.

O TRT-SC chegou a propor que as vagas dos cobradores fossem mantidas por mais um ano e que fosse criada uma comissão formada pela prefeitura, MPT-SC, sindicatos e o próprio Tribunal do Trabalho para discutir como resolver o impasse. O grupo seria presidido pela Ordem dos Advogados do Brasil do Estado (OAB-SC). A proposta foi aceita pelo Sintraturb, mas prefeitura, Setuf e Setpesc recusaram.

O poder executivo afirma que já disponibilizou o tempo necessário para receber contestações sobre o novo contrato e que seria inviável mudar as regras após a assinatura do convênio, pois isso seria ilegal e poderia levar à nulidade de toda a licitação.

(DC, 03/06/2014)


Sintraturb define os novos rumos

Após a audiência o Sintraturb cancelou assembleia marcada para hoje e afirmou que um novo encontro deve ser agendado durante a semana. O sindicato diz que irá passar por todos os terminais de ônibus de Florianópolis hoje para discutir a questão com motoristas e cobradores.

A intenção da diretoria é anular o resultado da assembleia da semana passada, que decidiu por uma paralisação de 24 horas amanhã. Deonísio Linder, secretário de comunicação do Sintraturb, afirma que a intenção principal da reunião de hoje era organizar a paralisação.

– A ideia é mostrar para a categoria que, quando pararmos, será para valer. Mas isso será discutido com os trabalhadores, eles podem dizer que querem manter a paralisação – disse.

(DC, 03/06/2014)