22 maio MPF discute ciclovia na avenida Madre Benvenuta
O Ministério Público Federal (MPF) participou na última segunda-feira (19/05), de reunião na sede da Associação Comunitária Jardim Santa Mônica (Acojar), a fim de debater as propostas apresentadas pelo Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) e pela Viaciclo para a construção de uma ciclovia na avenida Madre Benvenuta.
A ciclovia é uma das compensações para a comunidade local previstas em acordo judicial, firmado pela procuradora da República Analúcia Hartmann com o empreendedor do Shopping Iguatemi, nos autos da ação civil pública que questionava sua construção em local muito próximo de curso d’água e do manguezal do Itacorubi, sem os necessários estudos.
Durante a reunião, o Ipuf apresentou algumas propostas, além daquela já levada ao Judiciário (execução do acordo firmado com o Shopping em 2006 e ainda não totalmente cumprido) e que indica como melhor alternativa a construção de uma ciclovia na faixa central da Av. Madre Benvenutta, entre as quais uma ciclovia junto ao passeio de uma das vias da avenida, e outras com desvio de parte do fluxo de automóveis para outras ruas do bairro, criando um binário no sistema viário.
A população presente, representando também os bairros do Itacorubi, da Trindade e do Córrego Grande, rechaçou a proposta do Shopping – representando na reunião por um de seus advogados – de construir uma simples ciclofaixa nas ruas internas do bairro Santa Mônica, por considerá-la inadequada e sem interesse. Também posicionou-se contra uma alternativa de ciclofaixa ao lado do passeio da avenida central, por problemas de segurança.
Para o MPF, a solução da criação de uma ciclovia segura a moderna no canteiro central da avenida é a mais apropriada, pois representaria o percurso mais curto e já utilizado entre a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), cujos alunos, professores e funcionários utilizam a bicicleta como meio de transporte. Por tornarem o trajeto mais longo, as outras soluções acabariam não tendo utilidade ou não resolveriam o problema de falta de segurança. Entretanto, o empreendedor não concorda com a solução da ciclovia, pois alega que ela não estava prevista no acordo judicial e que o seu custo seria muito alto.
A procuradora Analúcia, que está cobrando multas previstas no acordo judicial por descumprimento de algumas cláusulas, como obras de acessibilidade que deveriam ter sido feitas no shopping e a instalação do Parque do Jacaré, propõe que o empreendedor e a Prefeitura de Florianópolis cheguem a um consenso e unam esforços para a construção da ciclovia tão desejada pela população da região. Tal possibilidade também foi sugerida pelos vereadores presentes na reunião.
( PRSC, 21/05/2014)