19 maio Dos 76 boxes da ala norte do Mercado Público, apenas 11 estão aptos para a reabertura
A pouco mais de duas semanas para a reabertura da ala norte do novo Mercado Público de Florianópolis, apenas 11 dos 76 projetos para ocupação dos boxes foram aprovados pelo Sephan (Serviço do Patrimônio Histórico do Município). Na tarde desta sexta-feira, os vencedores da licitação se reuniram com membros da Prefeitura e do Corpo de Bombeiros. Muitos comerciantes se mostraram surpresos ao saberem que está proibido pontos de queima (uso de gás) nos mezaninos dos boxes.
Segundo os técnicos do Sephan, os projetos estavam mal elaborados ou não atendiam aos padrões de segurança. Agora, caberá aos comerciantes refazerem os projetos e darem entrada novamente no órgão. Os boxes só poderão ser ocupados por aqueles que tiverem alvarás expedidos pela Prefeitura e passarem pela vistoria do Corpo de Bombeiros.
A notícia de que “não poderá haver pontos de queimas nos mezaninos por questão de segurança”, como disse o major Gesiel Maycon Alves, chefe da Seção de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros, pegou os comerciantes de surpresa. Isso porque praticamente todos os projetos dos boxes que abrirão como bar, lanchonete ou restaurante previam a cozinha justamente no mezanino. “O prédio é antigo e tem algumas limitações. Uma das saídas é o uso de equipamentos elétricos, desde que atendam também as normas de segurança”, argumentou o major. A reabertura está marcada para o dia 2 de junho.
Comerciantes alegam falta de planejamento
Para os comerciantes não houve planejamento da Prefeitura antes de decidir o que poderia ser feito em cada box. “A primeira informação que eu tive é de que a cozinha deveria ser em cima, no mezanino. Agora o Corpo de Bombeiros diz que é proibido. Se eu colocar a cozinha embaixo, terei que atender o cliente na porta do box”, reclamou Leoberto Roberto Leal, 58 anos, que venceu a licitação para uma petiscaria, num box com 31 m².
Durante o encontro, que aconteceu no Teatro da Ubro, no Centro de Florianópolis, muitos se disseram lesados com a informação tardia, e reclamaram da inviabilidade de conseguirem ocupar o espaço conforme a que foi destinado. “Se querem segurança não deveriam ter vendido os boxes para restaurantes”, reclamou outra proprietária que não se identificou.
As obras de restauração da ala norte começaram em novembro do ano passado, quando os comerciantes antigos tiveram que deixar o local. Segundo o Sephan, nos próximos dias os projetos indeferidos devem retornar para análise e até a reabertura da ala norte mais boxes poderão ser liberados para os comerciantes.
( Notícias do Dia Online, 16/05/2014)