10 abr Certificação nas construções sustentáveis
( Por Emerson Penso*, DC, 10/04/2014)
Os sistemas de certificação voltados às construções sustentáveis ganham espaço no mercado brasileiro. A sustentabilidade se estabelece no equilíbrio dos interesses ambientais, sociais e financeiros. Esse tripé não estabelece uma regra única, pois todos os pontos de apoio desse equilíbrio variam conforme os panoramas políticos, financeiros, sociais e ecológicos.
A certificação é um novo critério para projetar, construir e operacionalizar espaços comerciais, residenciais e áreas urbanas. Auxilia empresas, investidores e consumidores na busca de empreendimentos que, além de um espaço físico, ofereçam retornos financeiros e a imagem vinculada à sustentabilidade. Sistemas como LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) e Aqua (Alta Qualidade Ambiental) utilizam procedimentos que se iniciam antes do desenvolvimento do projeto, garantindo que as abordagens projetuais, especificações de materiais, tecnologias, mão de obra e a condução da construção e ocupação sejam mais sustentáveis que as práticas comuns.
Mas são necessárias mudanças de hábitos. Sair da zona de conforto é determinante nesse processo. O envolvimento integrado de vários profissionais e investidores é fundamental desde o início. Nesse aspecto, as certificações auxiliam que o processo mantenha-se de forma plena. Certificações não são obrigatórias. É possível construir de forma sustentável sem um processo de certificação atrelado ao projeto e à construção. Porém, no mercado, a transparência e a solidez são pontos-chave para a comercialização com sucesso.
Os empreendimentos com selos de sustentabilidade só recebem essas credenciais após auditorias e verificações durante todo o processo. Para o consumidor, é fundamental acompanhar o andamento da certificação e entender que a sustentabilidade exige envolvimento.
EMERSON PENSO ARQUITETO E CONSULTOR EM SUSTENTABILIDADE. MORADOR DE FLORIANÓPOLIS