10 abr Crime fácil
(Por Sergio da Costa Ramos,DC, 10/04/2014)
Incêndio de ônibus. Manifestantes, bandidos, traficantes ou desordeiros em geral já descobriram que o Estado deixou de exercer, por fragorosa omissão, o seu poder coercitivo de monitor da lei e da ordem – e que as ruas brasileiras se transformaram em território livre para praticar qualquer tipo de crime. Uma simples greve por salários? Fecham-se ruas urbanas e inferniza-se a cidade. Morreu um traficante? À interdição de ruas, some-se o incêndio de um ou vários ônibus.
É moleza. Basta uma garrafa de querosene e uma ordem para que todos saiam. O prejuízo é enorme. Cada ônibus saído da linha de produção custa R$ 350 mil. O prejuízo, com os recentes cinco veículos incendiados em SC chega a R$ 1,75 milhão.
Resta às empresas e aos cidadãos ameaçados rezar pela proteção dos novos santos, Madre Paulina e padre José de Anchieta.
O governo só pensa em reeleição.
Ninguém sabe
Não bastasse a omissão na segurança, as autoridades agora deram para lavar as mãos no que respeita ao cumprimento de contratos de empreitada, seja a SC-403 ou a ponte Hercílio Luz.
O presidente do Deinfra não sabe quando a ponte ficará pronta: mais complexa do que a obra de restauração – que é mesmo ultracomplexa – é a resposta do governo a obras semiparadas, como a da SC-403 e a do acesso ao novo Aeroporto Hercílio Luz.
Se o governo não sabe, pergunte-se ao arcebispo metropolitano, dom Wilson Tadeu Jönck, ao primaz do Brasil, dom Murilo Krieger, ou ao sempre paciente papa Francisco.