13 mar Eficiência nas obras públicas
Por Murilo Flores (DC online, 13/03/2014)
O debate a respeito dos atrasos na restauração da Ponte Hercílio Luz reacendeu a discussão sobre a execução de obras públicas. Algo que existe no setor privado é observado com maior frequência no setor público: projetos mal elaborados que, quando executados, geram obras com defeitos, que resultam em deficiência no atendimento à população e custos adicionais para consertá-los. Existem empresas, ainda que uma minoria, que sistematicamente apresentam projetos ruins ao setor público e muitas vezes são aceitos e executados, com as consequências mostradas pela mídia.
Para superar esse tipo de problema há algumas medidas. A mais gerencial é ter um sistema de aprovação de projetos realizada por equipe qualificada e auditada por auditores independentes, de forma a impedir o recebimento de projetos de má qualidade.
Mas a tecnologia também pode estar a serviço da qualidade e da transparência das obras. Uma nova tecnologia denominada Modelagem de Informação da Construção (sigla BIM em inglês) surge para ajudar. Realizada em 3D e com recursos que amarram o projeto a custos, a tecnologia reduz as possibilidades de erro de projeto, diminui custos de obras, dá transparência e assegura qualidade.
Já existem empresas privadas e públicas adotando o sistema. O governo do Estado, através do Programa Pacto por Santa Catarina, também começa a fazê-lo em novas licitações de obras importantes, como o novo Instituto de Cardiologia, a ampliação do Hospital de Florianópolis e do Hospital Hans Dieter Schmidt de Joinville. A ideia é, em poucos anos, exigir a tecnologia BIM para todos os projetos. Esse será um grande passo para superar a conhecida história das obras públicas com projetos mal elaborados.