28 jan Paciência no fim e eterna esperança
(Artigo por João Gasparino, DC,28/01/2014)
Diz o provérbio que Quem espera sempre alcança, mas está se esgotando a paciência do catarinense. Fazer turismo sem água é uma vergonha. Os balneários da Ilha de sol e mar ficaram com as torneiras vazias nas semanas do Natal e do Ano-Novo. Natal e Réveillon sem água é só para os irresponsáveis da Casan.A falta de água ocorreu em todos os balneários do Estado.
Lembrei-me de um fato pitoresco ocorrido há mais de 40 anos. A dupla Jararaca e Ratinho, em projeção na época, foi consultada por um amigo carioca sobre como foi o show e a cidade de Florianópolis, considerada linda. Responderam: “Não realizamos o show e não conhecemos a cidade, porque faltou água e luz”. Fizeram a seguinte quadrinha: “Florianópolis, cidade que seduz, de dia falta água e de noite falta luz”.
A Casan deveria ser responsabilizada pelos enormes prejuízos à área turística catarinense. Contou-me um amigo, proprietário de um residencial em Jurerê, que devolveu as diárias de dez casais que haviam pagado pelo período de hospedagem entre 24 de dezembro de 2013 e 2 de janeiro de 2014 quando da reserva. Em razão da falta de água, devolveu 50% das diárias recebidas. Fazer turismo com falta d’água somente na cabeça dos diretores da Casan. A falta d’água nos balneários catarinenses foi comentada nos jornais de todo o país. Punir os responsáveis pelo incalculável prejuízo é o mínimo que se pode fazer.
A solução é entrar na Justiça com uma ação conjunta dos moradores e empresários do Estado contra a Casan, solicitando o ressarcimento dos prejuízos causados pelo desabastecimento de água. O turismo precisa de gente qualificada para dirigi-lo.