Expectativa quanto ao Plano Diretor

Expectativa quanto ao Plano Diretor

Por Carlos Damião (ND, 26/11/2013)
Está na pauta da Câmara de Florianópolis, para esta terça-feira (26), a primeira votação do Plano Diretor Participativo. A questão continua despertando paixões na cidade, por causa de sua complexidade e de algumas mudanças importantes que deve promover no perfil de desenvolvimento da cidade. Louve-se o trabalho de formatação do documento, de responsabilidade de uma equipe de técnicos ligados ao Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis), com a preocupação de sintetizar tudo aquilo que foi discutido no âmbito das audiências públicas realizadas durante sete anos. Há perigos evidentes, como as mais de 600 emendas propostas no Legislativo, mas há, por outro lado, a vigilância minuciosa tanto do Ipuf, quanto das organizações comunitárias. O fato é que o Plano Diretor não pode ser um documento capenga ou enjambrado, ao sabor de vontades individuais ou corporativas. E, como já escrevi aqui, é impossível agradar a todos. Mas é perfeitamente admissível alcançar o consenso razoável entre os interesses comunitários, urbanísticos, oficiais ou econômicos. E, como diz a sabedoria popular, “o diabo não é tão feio quanto parece”, podendo ainda receber melhorias ao longo dos próximos 30 dias.