11 out Últimos boxes do Mercado Público licitados são disputados por 139 empresas
O processo licitatório dos boxes do Mercado Público está mais perto do fim. Ontem foram abertos os envelopes de 139 empresas que enviaram propostas para concorrer aos 43 boxes disponíveis. Os vencedores serão anunciados em no máximo 45 dias. As propostas foram recebidas até às 10h e por volta de 10h40 os documentos foram apresentados. Mais de cem pessoas compareceram ao auditório do Conselho Regional de Contabilidade para conferir o processo. A Guarda Municipal esteve presente para evitar confusões. Um representante dos concorrentes rubricou todos os envelopes para garantir a legitimidade e foram agendadas as vistorias da documentação.
Depois da conferência, os concorrentes poderão se manifestar. A prefeitura fará a análise de cada proposta e determinará quais empresas estão habilitadas. Só depois serão conhecidos os vencedores. Em caso de empate, ganha a oferta de maior valor. Nesta etapa, a prefeitura espera arrecadar entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões.O secretário de Administração, Gustavo Miroski, disse que na primeira etapa muitos desconfiaram do processo, mas dessa vez houve um interesse maior das empresas. “Deixamos a diretoria de licitações disponível para tirar dúvidas e orientar interessados”.
Etapa final
Ao todo o Mercado Público tem 117 boxes. Destes, 64 espaços tem os comerciantes definidos, todos aprovados na primeira licitação. Na segunda etapa entraram 43 na disputa final. Os dez pontos restantes, serão ocupados por entidades com fins sociais por meio de convênios com a prefeitura.A segunda parte do edital foi lançada dia 21 de agosto e o processo deve durar até a primeira quinzena de novembro. Estão disponíveis 30 boxes na Ala Norte e 13 na Ala Sul. Vence quem apresentar a melhor oferta financeira. O valor mínimo de propostas é de R$ 800 por metro quadrado.
Incertezas entre os concorrentes
O clima entre os concorrentes era de expectativa. Mas também havia receio dos comerciantes que ocupam os boxes atualmente. Um dos sócios do empório Döll, que preferiu se identificar apenas como Romeu, está concorrendo pela primeira vez. Ele contou que o interesse pelo espaço surgiu por causa da e variedade do mix e a revitalização do local. Se vencer, comercializará produtos orgânicos. “Tudo é novidade. Temos boas expectativas, mas não sabemos como será daqui para frente”, opinou.
Para Amarildo Martins o processo é conhecido, mas a situação está complicada. Há 30 anos ele herdou o espaço da família. Comercializa caldo de cana no Mercado desde 1961, mas corre o risco de ser obrigado a largar o negócio. Na primeira licitação ele não teve sucesso. Um empresário ofereceu valores maiores e levou o espaço.Martins lembrou que perdeu tudo após o incêndio da ala Norte do Mercado, em 2005. Desde então, tem investido praticamente todo recurso que arrecada no pagamento de reformas internas e novos equipamentos. Desde o acidente, foi só este ano que os lucros apareceram novamente. “Como vou ter dinheiro para fazer uma proposta maior? Estamos no limite, ainda nos recuperando. Talvez eu vire empregado porque comércio hoje é só para os grandes. Desanima quem sobrevive disso”, lamentou.
Entenda o caso:
Ao todo são 117 boxes, 64 já tem os comerciantes definidos que passaram pela primeira licitação, 43 estão sendo disputados nesta segunda etapa e o restante será ocupado por entidades com fins sociais por meio de convênios com a prefeitura.
O edital foi lançado dia 21 de agosto e o processo deve durar até a primeira quinzena de novembro. Estão disponíveis 30 boxes na Ala Norte e 13 na Ala Sul. Vence quem apresentar a melhor oferta financeira. O valor mínimo de propostas é de R$ 800 por metro quadrado.
(ND, 11/10/2013)