26 jun Sistema que poderá dar um panorama de construções em andamento é apresentado em Florianópolis
Um sistema do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU) que promete dar um raio-X das construções no país está sendo apresentado na tarde desta terça-feira em Florianópolis para representantes de municípios catarinenses.
O modelo de fiscalização tem como objetivo confrontar as informações dos profissionais da área já computadas com dados do andamento das obras, a serem disponibilizados pelas próprias prefeituras. O sistema de inteligência, elaborado desde 2012, teve um custo total de cerca de R$ 5 milhões, arcado pelo Conselho.
Para os gestores, o programa tem sido apresentado como ponto de partida para os trabalhos de acompanhamento das obras, denunciando, inclusive, aquelas que estão em áreas de encostas ou de áreas verdes. Para arquitetos e urbanistas, o sistema pode dar a trajetória dos profissionais e um perfil da área, além de sugerir possíveis construções que merecem a visita do Conselho.
A assessora especial da Presidência do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), Mirna Cortopassi Lobo, explica que a plataforma já foi criada. Agora, as cidades que firmarem um termo de adesão técnica ao sistema deverão fornecer os dados das construções, complementando-se as potencialidades do sistema.
A intenção é que sejam criadas camadas de informações pertinentes para cada localidade. O tempo para a confrontação de dados em cada localidade vai depender, então, no tempo que cada município levará no fornecimento dos dados.
— A troca de informações vai otimizar os trabalhos das prefeituras e do Cau. A informação é estratégica para o planejamento — expõe Mirna.
Ela expõe que a elaboração do sistema exigiu a maior aplicação de recursos, que vieram do Conselho. A verba para manutenção deverá ser aplicada só a partir do ano que vem e poderá ser negociada entre o Cau de cada região e as administrações municipais. Municípios como São Paulo e Curitiba já assinaram o termo de adesão.
Para o Cau, o programa tem um benefício social por permitir, inclusive, um monitoramento das áreas de risco. O Conselho aponta a existências de 103,5 mil profissionais da área no país e 4,8 mil em Santa Catarina.
(DC, 26/06/2013)