07 maio Veleiro de alumínio em construção no Sapiens Parque será utilizado em pesquisas oceanográficas da UFSC
Criado para ser um parque de inovação que promova setores de Florianópolis, como a vocação tecnológica, o Sapiens Parque abriga o projeto de fabricação de um veleiro de alumínio de 60 pés para pesquisas oceanográficas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Com sua concepção iniciada em 2010, hoje a construção está em andamento, na fase de soldagem do casco, nas instalações do Instituto do Petróleo, Gás e Energia (INPETRO). Quando pronta, em março de 2014, a embarcação será utilizada em expedições científicas e tecnológicas, lideradas por professores da universidade.
Inovador, o projeto desenvolvido em solo catarinense contará com um sistema de propulsão híbrida, que reduz o consumo de combustível e a emissão de poluentes. Segundo o professor Jair Carlos Dutra, um dos coordenadores da iniciativa, a inovação proporcionará maior economia de uso e incremento da autonomia do veleiro. “Neste projeto, prezamos por tecnologias mais eficientes e com menor impacto ambiental, por isso optamos pela utilização da solução de motorização híbrida (diesel/elétrica). Além de permitir uma navegação sem ruído, sua eficiência é aumentada em até duas vezes”, destaca.
O projeto é financiado quase que totalmente pela FINEP (Agência Brasileira da Inovação), por meio de convênio no valor de R$ 1,8 milhão, recurso utilizado para compra de equipamentos e materiais e pagamento das bolsas para alunos de graduação e pós-graduação. O Veleiro de Expedição Científica Oceanográfica (ECO) terá capacidade de hospedar comodamente até dez pessoas, entre pesquisadores e tripulantes. “A embarcação possui características de segurança e navegabilidade que permitirão expedições científicas de grande desafio, incluindo as polares, particularmente a Antártica”, observa Dutra. Além disso, o professor acrescenta que sua concepção com quilha retrátil permitirá navegação em águas rasas, como mangues e estuários de rios, áreas ainda pouco exploradas por pesquisadores brasileiros e internacionais.
(Governo do Estado, 06/05/2013)