08 maio Centro Administrativo na Trindade
Artigo de Rogério Queiroz — ex-vereador (DC, 03/05/08)
Pretende o governo estadual vender a área onde está situada a Penitenciária, no Bairro da Trindade, para, com os recursos financeiros obtidos nessa transação, construir duas ou três novas unidades semelhantes no interior de Santa Catarina.
Nesse sentido encaminhou e está tramitando na Assembléia Legislativa projeto de lei solicitando autorização para essa operação comercial. Paralelamente está sendo debatido pelos vereadores da Capital projeto de lei que modifica o Plano Diretor Municipal, na referida área, permitindo a alteração do gabarito para a construção de edifícios e tornando, assim, o referido imóvel mais apetitoso para os potenciais investidores.
A municipalidade da Capital é única do país a não possuir casa própria, perambulando há muitos anos de um lado para o outro e pagando elevados aluguéis ou se alojando aqui e ali em locais inapropriados e emprestados. Nesse sentido a comunidade veria com simpatia que deputados e vereadores dissessem não à aprovação desses projetos, propondo, isto sim, que a nossa Penitenciária venha a ser transformada no futuro Centro Administrativo Municipal, englobando não apenas o gabinete do prefeito, como, também, todas as secretarias, fundações e demais órgãos municipais.
Com a contribuição inteligente de arquitetos, esse imenso imóvel, pela posição privilegiada e estratégica que ocupa em relação a quase todos os distritos da Ilha, poderá vir a agasalhar ainda a instalação de cinema e teatro populares, biblioteca comunitária, restaurante típico, oficina de artesanato, creche, quadras de esportes, entre outros equipamentos.
A Prefeitura não poderá perder essa oportunidade única que se oferece no momento para a consecução desse projeto, pois, tanto o governador do Estado como o prefeito municipal pertencem ao mesmo partido político, o que facilitará as futuras conversações nesse sentido. Penitenciária como Centro Administrativo Municipal: esse é o caminho mais sensato e que beneficiará o povo da cidade.