28 fev Leitura para todos
(Por Viviane Bevilacqua DC, 28/02/2013)
Está aí uma boa notícia, que merece ser comemorada. O projeto Floripa Letrada está voltando a funcionar, depois das férias de verão, trazendo cultura e entretenimento aos usuários do transporte coletivo da cidade.
Funciona assim: nos terminais urbanos de Florianópolis há postos do Floripa Letrada e, nele, você pode escolher e levar para casa, por empréstimo, livros ou revistas de seu interesse. Depois, é só devolver e pegar outros exemplares, sem pagar nada.
O projeto funciona desde 2010, criado pelas secretarias municipais de Educação e de Transporte, com o apoio da companhia operadora de terminais de ônibus e do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros. Incentivar a leitura e criar novos leitores, disponibilizando material gratuitamente em locais por onde transitam milhares de pessoas todos os dias, foi realmente uma bela sacada.
No início, não acreditei muito que daria certo: aquela nossa velha mania de duvidar de tudo o que é novo. Mas a ideia pegou. Até hoje, foram distribuídas 535 mil publicações: 368 mil livros e 167 mil revistas. As instituições de ensino são as grandes parceiras da prefeitura na doação de material, além da comunidade em geral.
O único problema é que muita gente esquece-se de devolver o livro que pegou – o índice de devolução chega a apenas 20%. Por isso, muitas vezes as prateleiras ficam vazias, frustrando a expectativa das pessoas que se dirigem até o “postinho” para escolher um exemplar.
O ideal, segundo os criadores, é que o projeto se autoalimente, isto é, que a mesma quantidade de livros emprestados volte às prateleiras, mesmo que não sejam as mesmas obras. Se você, por exemplo, gostou muito de um livro e quer ficar com ele, pode doar outro. Assim, nunca vai faltar.
Todas as segundas, quartas e sextas-feiras, no período da tarde, as estantes das plataformas recebem obras doadas pela população, entidades públicas e privadas. Muita gente tem livros em casa que já leu, ou que nunca vai ler, e não sabe o que fazer com eles. Esta aí uma boa dica. Livro não foi feito para ficar criando mofo na estante. Ele precisa circular.
No mês de março, o projeto será retomado também nos terminais urbanos da Trindade, de Canasvieiras e do Rio Tavares.