22 fev Temporada de custos altos e mais turistas
Os bares e restaurantes do Litoral catarinense sentiram o impacto da elevação dos custos e o aumento da concorrência.
Aumento da concorrência e problemas típicos da estação, como congestionamentos no trânsito, falta de água e aumento dos preços de alimentos e bebidas, frearam o resultado positivo do setor
A maioria dos empresários do setor disse que o poder aquisitivo dos clientes este ano foi melhor ou se manteve igual a 2012, e o número de turistas estrangeiros não decepcionou. Ainda assim, o resultado deste verão foi pior do que o do ano passado.
Este é o resultado da pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Santa Catarina (Abrasel-SC) com cem estabelecimentos comerciais de 17 cidades do litoral, na segunda e terça desta semana.
Para 44% dos entrevistados, esta temporada trouxe um resultado pior do que a anterior. Do outro lado do balcão, 38% dos donos de bares e restaurantes afirmaram que este verão foi melhor na mesma comparação (veja os principais dados no quadro).
Temporada desigual não tira otimismo do setor
A explicação para os empresários que registraram um desempenho pior, segundo o presidente da Abrasel-SC, Fabio Queiroz, estaria em dois fatores: o aumento da concorrência, que repartiria os resultados entre um número maior de bares e restaurantes, e a elevação dos custos.
– Tudo indica que os turistas vieram em grande número, mas a quantidade de bares e restaurantes, maior a cada ano e acima do aumento do movimento turístico, acaba repartindo mais o bolo, por mais que ele aumente – explica.
Em Florianópolis, as regiões da Ilha sentiram a alta temporada de forma diferente. Para 67% dos comerciantes do Sul, este ano foi melhor do que o ano passado. O mesmo resultado positivo foi apontado por 57% dos bares e restaurantes do Centro. A melhora foi menor para os comerciantes da Lagoa da Conceição e do Norte.
Apesar de a temporada ter sido desigual, os empresários estão otimistas para o restante do ano e para os seus investimentos: 62% dos entrevistados acreditam que vão registrar um crescimento de até 15% nas vendas, e os mesmos 62% preveem melhoras em seus estabelecimentos.
(Por Alessandra Ogeda DC, 22/02/2013)