03 ago ONGs discutem desigualdades
Apesar da Região Sul do Brasil ter o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, a desigualdade social é grande, mesmo que ainda não seja tão evidente nas estatísticas. A situação foi verificada no encontro promovido pela Associação Brasileira de ONGs (Abong), que acontece até amanhã na Capital.
É o terceiro encontro do ano do conselho diretor da Abong com as regionais da associação.
Segundo o diretor da regional Sul, Francisco de Assis da Silva, o objetivo desses encontros é avaliar as ações dos governos federais e estaduais no compromisso com a democracia e superação das desigualdades sociais.
Representantes de organizações não-governamentais de todo o país estão presentes para analisar a conjuntura regional e levantar a sustentabilidade política e econômica das organizações.
Silva destaca que houve um recuo na cooperação internacional para as ONGs da Região Sul do Brasil em relação ao apoio logístico e estrutural para as entidades.
– É preciso desmistificar a idéia de “sul maravilha” para convocar a sociedade a superar as desigualdades que existem também por aqui – denuncia.
A diretora de desenvolvimento institucional, Taciana Gouvêia, lembra que nem todas as ONGs que existem no país estão afinadas com as propostas da Abong.
– Nosso objetivo é transformar a sociedade brasileira para ser, entre outras coisas, mais justa, mais democrática, que viva sem preconceitos, com desenvolvimento sustentável e ambientalmente adequada – definiu.
Defesa dos direitos humanos e da educação popular
As principais áreas de atuação das filiadas da associação são as que defendem os direitos humanos, educação popular, relações de gênero, saúde, geração de trabalho e renda, organizações populares, entre outras atividades.
Já foi lançada, durante o encontro que acontece na Capital, a publicação ONGs no Brasil – Perfil das Associadas à Abong, que relaciona asaproximadamente 270 associadas brasileiras que já foram catalogadas por áreas de atuação, por localização geográfica e pelos principais beneficiários.
A cada dois anos, são realizadas assembléias gerais da Abong e, ainda em novembro deste ano, nova assembléia vai ocorrer na cidade de São Paulo.
(Alícia Alão, DC, 03/08/2006)