20 dez As calçadas e os problemas ao pedestre
Artigo escrito por Anastácio Kotzias Neto – Médico especialista em ortopedia e traumatologia em Florianópolis (DC, 20/12/2012)
À autoridade municipal cabe a responsabilidade da conservação das calçadas, já que afeta os cidadãos na segurança nos seus deslocamentos.
No local onde as pessoas deveriam circular com conforto e segurança, o que se percebe é que as lajotas escolhidas gastam e quebram com facilidade, não são fixadas com propriedade e soltam, tornando o terreno instável e perigoso aos transeuntes. Idosos caminham cabisbaixos não pelo humor comprometido, mas pelo temor de sofrerem quedas que lhes poderão causar sofrimento e sequelas irrecuperáveis. As lajotas que orientam os deficientes visuais são instáveis, muitas vezes seguem traçados sinuosos e em alguns momentos desencontrados, a confundir quem merece cuidado e facilidade no seu difícil deslocamento. Pela irregularidade ofertada é difícil caminhar sobre elas, mesmo com calçado adequado e estável.
Os inúmeros obstáculos (postes, orelhões, canteiros e placas) colocados no trajeto expõem estes indivíduos ao risco de trauma grave. As rampas de acesso, que deveriam facilitar os que se utilizam de cadeira de rodas, não obedecem aos mínimos critérios de estabilidade, inclinação e solidez.
Acrescenta-se a isto a fragilidade das tampas metálicas que cobrem as caixas das empresas responsáveis pela distribuição de serviços, muitas vezes soltas, desniveladas, e danificadas. Há falta de qualidade e a manutenção inexiste. A troca não acontece, e os moradores adaptam qualquer madeira para cobrir verdadeiras armadilhas, arriscando a integridade das pessoas.
Espero, como cidadão, independentemente de quem conclui a gestão ou do que a iniciará em breve, que olhe com responsabilidade o problema para que ao menos sobre as calçadas possamos nos deslocar com facilidade e segurança.