19 nov Vegetação urbana pede cuidados
Artigo escrito por Glauco Olinger – Engenheiro agrônomo (DC, 17/11/2012)
Toda árvore é um ser vivo que precisa de alimento para não morrer. Exige espaço, clima favorável e solo rico em nutrientes, para que possa apresentar sua plenitude fenológica, sua forma adulta natural, enfim, toda sua formosura. Também, como ser vivo, a árvore nasce, cresce, envelhece e morre.
A árvore é um dos componentes mais importantes do ambiente natural, na qualidade de provedora da biodiversidade, reguladora do clima, fonte de alimento, de energia e de matéria-prima para variada industrialização. Ao compor o ambiente artificial, propicia sombra, atrai pássaros e encanta as ruas e avenidas das cidades.
Mas as plantas do centro urbano da capital catarinense estão a merecer maiores e melhores cuidados do que têm recebido. Não é crítica aos atuais responsáveis por essa calamidade vegetal. Vem de longe o estado lastimável das árvores, que agonizam, por exemplo, nas avenidas Mauro Ramos e Hercílio Luz.
São mais de 200 plantas, grande parte envelhecidas, cobertas de parasitas e quase sem folhas, que precisam ser substituídas. Outras, que foram plantadas em covas rasas, sem adubação e tratos culturais adequados, que estão a crescer de forma tortuosa, parecendo estarem à procura de comida, em várias direções. São plantas que nunca passarão de aleijões de sua forma original.
Há uma relação importantíssima entre o tronco, galhos e folhas e as raízes de uma árvore. Quanto maior a parte aérea, maior deverá ser a parte subterrânea. Essa proporção precisa ser considerada a partir da abertura, adubação das covas e plantio das mudas, além dos tratos culturais permanentes (poda de limpeza e adubação), até o momento das substituições por morte ou envelhecimento natural.
São práticas simples que estão a pedir aplicação em Florianópolis.