14 nov Governo adia conclusão do contorno viário para 2017
Em vez de antecipar prazo da obra prevista para desafogar tráfego da Grande Florianópolis, ANTT amplia agonia da região
A tão esperada construção do contorno viário de Florianópolis, seguindo o traçado entre Biguaçu e Palhoça, não será finalizada antes de 2017. O prazo foi anunciado ontem, em Brasília, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Integrantes do governo estadual, parlamentares e empresários catarinenses participaram do encontro com o diretor da ANTT, Jorge Bastos. O grupo saiu insatisfeito com o cronograma, pois o prazo de conclusão anterior era 2015. A agência ainda condicionou o andamento da obra à liberação das licenças pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
– Queríamos uma posição mais concreta – lamentou a presidente do Conselho Metropolitano de Desenvolvimento (Comdes), Zena Becker.
Com cerca de 42 quilômetros de Biguaçu a Palhoça, a obra será dividida em três etapas. A primeira licença requisitada corresponde ao miolo do traçado. São 11,4 quilômetros, do entroncamento da SC-408 até onde cruza com a SC-407, entre Antônio Carlos e São Pedro de Alcântara.
A escolha do trecho se deve ao fato desta fatia do projeto estar concluída, facilitando a obtenção da licença ambiental. As porções Norte e Sul da obra ainda dependem de ajustes. Para pressionar o Ibama, os catarinenses agendaram uma audiência para terça-feira. A previsão é iniciar este trecho em março de 2013. No entanto, antes é preciso realizar uma audiência pública em Biguaçu.
– Queremos aproveitar o trabalho feito do ponto de vista ambiental para ter celeridade na realização do calendário desta obra – disse o deputado Décio Lima (PT-SC).
Alternativa para reduzir as filas na Grande Florianópolis, o contorno se arrasta há 14 anos. Projetado em 1998, deveria ser construído com a duplicação da BR-101 Norte. A obra ficou de herança para a Autopista Litoral Sul. No contrato com a concessionária, o contorno foi encurtado para 33 quilômetros. A ANTT não concordou com a redução e determinou a construção do trecho mais longo.
– Apesar do otimismo, persiste a dúvida sobre o cronograma. Por isso precisamos manter a mobilização – afirmou o secretário estadual de Infraestrutura, Valdir Cobalchini.
(DC, 14/11/2012)