14 nov Santa Catarina vive a segunda noite de atentados nesta terça-feira
Santa Catarina viveu a segunda noite de atentados contra ônibus e delegacias nesta terça-feira. A série de acontecimentos relacionados aos ataques começou com um protesto no na Avenida Ivo Silveira, em Florianópolis. De acordo com os participantes, a manifestação foi em razão de suposta violência contra presos que estaria ocorrendo em cadeias do Estado.
No início da noite, criminosos incendiaram mais um ônibus em Florianópolis. O alvo desta vez foi um coletivo que se deslocava no Bairro Ingleses, Norte da Ilha, na noite desta terça-feira.
Ainda em Florianópolis, a 2ª Delegacia de Polícia Civil, no Saco dos Limões, em Florianópolis, foi alvo de tiros, às 22h45min de terça-feira. É o mesmo local, um carro foi incendiado por bandidos, durante a noite de segunda-feira.
Em entrevista coletiva, a alta cúpula da polícia em SC, formado por integrantes das duas polícias, secretários e diretores da área, afirmou que continua investigando ocorrências registradas contra policiais e diz que todo o efetivo está de sobreaviso até segunda ordem.
No Litoral Norte de SC, dois ônibus foram parcialmente incendiados na noite desta terça-feira em Navegantes. O primeiro incêndio ocorreu em um ônibus da empresa Transpenha, que faz o transporte de funcionários de empresas, e estava estacionado na Rua Orlando Ferreira, no Bairro Machados.
Em Criciúma, no Sul de SC, dois homens que estavam em uma moto fizeram dois disparos com arma de fogo na noite desta terça-feira em frente ao Presídio Santa Augusta em Criciúma, no Sul do Estado. O fato ocorreu por volta das 21h, mas os tiros não acertaram ninguém.
Ainda em Criciúma, um ônibus foi incendiado por volta das 23h no Bairro Renascer. A polícia foi até o local para buscar os responsáveis pelo ataque. Na mesma região, dois ônibus foram apedrejados próximo ao bairro onde foi ocorreu o ataque. O sistema de transporte coletivo foi paralisado.
Em Itajaí, um carro da polícia foi queimado no Centro da cidade. No Vale do Itajaí, em Blumenau, bandidos tentaram atear fogo em um ônibus na Rua Araranguá, no Bairro Garcia.
A primeira noite de atentados
O primeiro ataque aconteceu por volta das 21h30min de segunda-feira. Segundo testemunhas, três jovens embarcaram como se fossem passageiros, em um ponto de ônibus perto do Tican. Em uma parada da SC-401, no sentido Centro-bairro eles teriam ordenado que todos desembarcassem imediatamente e que ninguém reagisse. As chamas destruíram o veículo completamente.
Cerca de duas horas depois, o segundo ônibus foi atacado. O veículo manobrava para entrar na garagem que fica no bairro Canto do Lamin quando foi invadido por dois homens que com uma garrafa pet de dois litros, jogou gasolina no interior do veículo. Eles atearam fogo e fugiram. Motorista e cobrador conseguiram controlar as chamas.
Segundo o gerente operacional da empresa, Jucélio Santana, dos dois veículos que sofreram os atentados, o prejuízo foi de cerca de R$ 300 mil e que, por enquanto, nenhuma medida está sendo tomada com relação a segurança dos ônibus.
Além dos transporte público, unidades de segurança também foram alvo do ataque de criminosos na Grande Florianópolis. Por volta das 22h de segunda-feira, a base da PM no Bairro Aririú, em Palhoça, foi alvejada por tiros. Ninguém se feriu. Pela menos 16 cápsulas de pistola calibre 380 nas proximidades do posto.
Em Florianópolis, uma viatura da polícia Civil foi incendiada no Bairro Saco dos Limões. De acordo com a polícia, o carro estava estacionado em frente à 2a Delegacia de Polícia Civil.
Outro ataque ocorreu às 3h11min de terça-feira contra um carro particular de um policial militar que mora em Canasvieiras, próximo ao local onde dois ônibus foram incendiados. O Gol estava no estacionamento de um condomínio na quadra ao lado da Academia da Polícia Civil.
Em entrevista ao Diário Catarinense, o secretário de Segurança Pública, César Grubba, garante que o Estado vai reagir aos cinco ataques realizados na Grande Florianópolis. Promete reforço no policiamento e diz que nesta terça-feira haverá uma reunião entre as policiais Civil, Militar e serviços de inteligência para definir as ações que serão tomadas.
(DC, 14/11/2012)