Obras públicas em São José param por falta de recursos

Obras públicas em São José param por falta de recursos

Obras da prefeitura de São José, que estavam em andamento até o fim do mês de setembro e início de outubro em diferentes bairros, estão paradas ou caminhando a passos lentos. Segundo relatos dos moradores de cada região, a maioria parou há cerca de três semanas, logo após as eleições. Na última semana o vereador Amauri Valdemar da Silva, conhecido como Amauri dos Projetos, pronunciou-se sobre essa questão na Câmara de Vereadores e preparou um requerimento para entregar à prefeitura cobrando providências e respostas a respeito dos trabalhos interrompidos.

Entre as obras citadas estão o alargamento do Rio Forquilhas, que serviria para evitar enchentes nos bairros próximos à região, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Forquilhas, a Praça de Esportes e Cultura no bairro Ipiranga, a Policlínica de Barreiros e as obras da avenida Presidente Keneddy, cuja revitalização deveria ter sido concluída há seis meses.

A equipe do jornal Notícias do Dia esteve em cada uma destas obras e além da avenida presidente Kennedy, que apesar do prazo estendido está quase concluída, apenas na Policlínica de Barreiros havia pessoas trabalhando. Lá, a estrutura de todos os três pisos está concluída, o forro foi colocado e de acordo com os funcionários que trabalhavam no local falta terminar as pinturas e acabamentos para a inauguração prevista para até 20 de dezembro.

A UPA de Forquilinhas, iniciada em março de 2011, deveria estar em funcionamento desde o mês passado. Mas quem passa por lá vê apenas estacas, feitas para a fundação do edifício. Além disso, o terreno está cheio de água acumulada e os moradores e comerciantes da região temem que o local se torne criadouro para o mosquito da dengue.

Município alega falta de repasse do governo federal

De acordo com o secretário de Infraestrutura do município, Adilson de Souza, a prefeitura fez um contrato de aluguel de caminhão e máquinas por hora para o trabalho no rio Forquilhas e as horas contratadas foram todas utilizadas. Agora é necessário fazer um novo contrato. Souza alegou também que a prefeitura teve problemas com proprietários de terrenos vizinhos que não querem desocupar a área e não entraram em acordo a respeito da indenização.

Mesmo a Secretaria de Infraestrutura sendo responsável pelo acompanhamento e fiscalização das obras do município, o secretário afirmou que os detalhes sobre as obras de Saúde e da avenida Presidente Kennedy eram de responsabilidade das pastas da Saúde e Planejamento. Ainda assim, segundo ele, a maioria das obras tem recurso do governo federal e o repasse foi interrompido porque a prefeitura não conseguiu renovar a CRP (Certidão de Regularidade Previdenciária). Sem ela não há recursos e por isso as empreiteiras paralisaram os trabalhos. “A partir da hora que prefeitura encaminhar a nova certidão, as obras seguirão. O que impede a continuidade é a falta do repasse de recursos”, justificou.

(ND, 06/11/2012)