06 nov Obras públicas em São José param por falta de recursos
Obras da prefeitura de São José, que estavam em andamento até o fim do mês de setembro e início de outubro em diferentes bairros, estão paradas ou caminhando a passos lentos. Segundo relatos dos moradores de cada região, a maioria parou há cerca de três semanas, logo após as eleições. Na última semana o vereador Amauri Valdemar da Silva, conhecido como Amauri dos Projetos, pronunciou-se sobre essa questão na Câmara de Vereadores e preparou um requerimento para entregar à prefeitura cobrando providências e respostas a respeito dos trabalhos interrompidos.
Entre as obras citadas estão o alargamento do Rio Forquilhas, que serviria para evitar enchentes nos bairros próximos à região, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Forquilhas, a Praça de Esportes e Cultura no bairro Ipiranga, a Policlínica de Barreiros e as obras da avenida Presidente Keneddy, cuja revitalização deveria ter sido concluída há seis meses.
A equipe do jornal Notícias do Dia esteve em cada uma destas obras e além da avenida presidente Kennedy, que apesar do prazo estendido está quase concluída, apenas na Policlínica de Barreiros havia pessoas trabalhando. Lá, a estrutura de todos os três pisos está concluída, o forro foi colocado e de acordo com os funcionários que trabalhavam no local falta terminar as pinturas e acabamentos para a inauguração prevista para até 20 de dezembro.
A UPA de Forquilinhas, iniciada em março de 2011, deveria estar em funcionamento desde o mês passado. Mas quem passa por lá vê apenas estacas, feitas para a fundação do edifício. Além disso, o terreno está cheio de água acumulada e os moradores e comerciantes da região temem que o local se torne criadouro para o mosquito da dengue.
Município alega falta de repasse do governo federal
De acordo com o secretário de Infraestrutura do município, Adilson de Souza, a prefeitura fez um contrato de aluguel de caminhão e máquinas por hora para o trabalho no rio Forquilhas e as horas contratadas foram todas utilizadas. Agora é necessário fazer um novo contrato. Souza alegou também que a prefeitura teve problemas com proprietários de terrenos vizinhos que não querem desocupar a área e não entraram em acordo a respeito da indenização.
Mesmo a Secretaria de Infraestrutura sendo responsável pelo acompanhamento e fiscalização das obras do município, o secretário afirmou que os detalhes sobre as obras de Saúde e da avenida Presidente Kennedy eram de responsabilidade das pastas da Saúde e Planejamento. Ainda assim, segundo ele, a maioria das obras tem recurso do governo federal e o repasse foi interrompido porque a prefeitura não conseguiu renovar a CRP (Certidão de Regularidade Previdenciária). Sem ela não há recursos e por isso as empreiteiras paralisaram os trabalhos. “A partir da hora que prefeitura encaminhar a nova certidão, as obras seguirão. O que impede a continuidade é a falta do repasse de recursos”, justificou.
(ND, 06/11/2012)