01 nov Opção à quarta ligação será ônibus ou ferry-boat
Foi aberto ontem o prazo para recebimento de propostas, que devem, necessariamente, abranger o transporte coletivo
O governo do Estado está convencido: a solução para os congestionamentos na ligação Ilha-Continente, em Florianópolis, é o transporte coletivo e não quarta ponte ou túnel. Agora, começa a busca por projetos. As empresas têm até 3 de dezembro para se inscreverem e a intenção é começar as obras, que incluem adoção do transporte marítimo, até o final de 2013.
De acordo com o Escritório Jaime Lerner, o acesso e a saída da Capital é o terceiro maior problema de mobilidade urbana do Brasil. As pontes foram projetadas para receber 80 mil veículos por dia afirma Paulo Meller, presidente do Departamento de Infraestrutura (Deinfra). Mas o fluxo atual está em 178 mil carros, motos e caminhões. Um estudo do Deinfra aponta que se nada for feito, até 2020 o trânsito no local não terá mais horários de pico porque ficará congestionado o dia todo.
Ferry-boat na região norte seria uma das alternativas
O secretário de Assuntos Estratégicos, Paulo Cesar da Costa, explicou que o transporte coletivo foi escolhido porque continuar incentivando o uso do automóvel levaria a uma solução de curto prazo. Não é possível afirmar quais métodos serão usados porque vai depender das propostas.
É possível, inclusive, que sejam adotadas sugestões de mais de um projeto. A intenção é optar pelas que tenham tarifas mais baixas aos usuários e que exijam menor desembolso por parte do governo do Estado.
O valor disponível para as obras não foi revelado, para não influenciar nos orçamentos apresentados pelas empresas. O transporte marítimo deve fazer parte da solução. Ele declarou que o estudo preliminar de uma empresa apontou que a ligação por ferry-boat de Biguaçu ao Norte da Ilha, e de Palhoça ao Sul de Florianópolis, diminuiria em 30% o trânsito nas pontes.
O projeto precisa ser terminado para saber como sistema funcionaria, mas a projeção é que seja integrado a serviços de ônibus com corredores exclusivos. O secretário disse ainda que é preciso conforto e confiabilidade para convencer os motoristas a adotarem o transporte coletivo. Costa falou em usar barcas com televisão, ar-condicionado e wireless.
(DC, 01/11/2012)